Os povos indígenas representam quase 10% da população da América Latina e do Caribe, 53 milhões de pessoas de mais de 800 culturas. Apesar de sua riqueza cultural, eles têm 2,7 vezes mais chances de viver em extrema pobreza do que os não indígenas e têm menos acesso a serviços públicos essenciais, educação de qualidade, emprego formal e serviços financeiros. O Banco trabalha com as comunidades indígenas para co-desenhar projetos e políticas e facilitar o diálogo entre as estruturas de governança indígena e os governos nacionais, com base na compreensão e no respeito às culturas indígenas e ao contexto local.

Criamos uma metodologia de trabalho com os Povos Indígenas que combina as teorias e ferramentas do Desenvolvimento com Identidade (DCI) – uma abordagem que valoriza o povo e a cultura das comunidades indígenas como parte essencial de seu próprio desenvolvimento sustentável – e o trabalho coletivo multissetorial em um determinado território. É uma forma inovadora de trabalhar em territórios indígenas.

Em El Alto, na Bolívia, apoiamos a integração de mais de 800 jovens migrantes indígenas no mercado de trabalho, fortalecendo suas habilidades técnicas e interculturais. Também apoiamos as empresas por meio da conscientização e do apoio consultivo na implementação de práticas que valorizam a diversidade cultural. No Panamá, por meio do Empoderamento Econômico para Mulheres Indígenas do Panamá (PEMIP), incluímos lideranças femininas indígenas no desenho de políticas voltadas para o fechamento das disparidades de gênero.

Prestamos assistência técnica e financeira para garantir a relevância cultural dos serviços sociais e o foco nas pessoas e sua comunidade.

O BID está trabalhando com o Ministério de Saúde Pública e Assistência Social da Guatemala para aumentar a cobertura e a qualidade dos serviços de saúde em áreas com alta presença de povos indígenas (departamentos de San Marcos e Huehuetenango) por meio do Programa de Fortalecimento da Rede de Serviços de Saúde. Esse programa incluirá, entre outras ações, um Plano de Saúde Intercultural que contará com capacitação em saúde intercultural para agentes públicos, bem como a adequação da infraestrutura às necessidades dos povos indígenas. Esse foco na abordagem identitária também é implementado em programas educacionais como o JADENKÄ, uma iniciativa com uma abordagem de ensino bilíngue intercultural para crianças dos povos Ngäbe no Panamá.

Apoiamos diferentes entidades públicas para garantir a relevância cultural dos serviços de infraestrutura centrados nas pessoas e sua comunidade. Implementamos a etnoengenharia em nossos projetos, disciplina que valoriza o conhecimento tradicional indígena como fonte de inspiração para a implementação de práticas de engenharia ambientalmente sustentáveis. Por meio dessa metodologia, os projetos de infraestrutura são adaptados de forma participativa e implementados por meio de convênios comunitários.

Na região de Ngäbe-Buglé, no Panamá, o BID financiou a reabilitação de estradas rurais que incluem infraestrutura com identidade sociocultural, bem como o uso de técnicas de construção que integram materiais e funcionalidades das comunidades. Em 2022, o BID publicou um guia de etnoengenharia com recomendações para a incorporação dessa disciplina nos setores de estradas, educação, saúde, proteção social e turismo.
Conteúdo disponível em espanhol



(Conteúdo disponível em inglês)
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