O gasoduto Mayakán, de 692 km, localizado na península de Yucatán, México, foi inaugurado em novembro, em uma cerimônia a que compareceram o Presidente do México Ernesto Zedillo, o Secretário de Energia Luis Tellez, o Secretário de Comércio Herminio Blanco e o Governador de Yucatán Víctor Cervera.
O gasoduto foi patrocinado pelas empresas Gutsa, do México, Transcanada Pipeline, do Canadá, e Intergen, dos Estados Unidos. Foi construído pela Betchel, dos Estados Unidos. Com uma capacidade total de 10,5 milhões de metros cúbicos por dia, ele será o segundo maior do país.
O projeto foi desenvolvido pela empresa privada Energía Mayakán, com a ajuda de um empréstimo de US$68,75 milhões do BID, além de um empréstimo especial de US$142 milhões, que consiste de acordos de subscrição de bancos comerciais com o BID. O projeto foi a primeira grande concessão de "construção-propriedade-operação" no âmbito da nova estrutura regulatória do México para o setor de gás natural.
Embora a companhia estatal PEMEX detenha o monopólio sobre a produção e as vendas primárias do gás, reformas legais recém-introduzidas possibilitaram que empresas privadas construam, possuam e operem gasodutos.
O gás será usado em cinco usinas elétricas existentes, a ser convertidas para gás natural, e em três novas que serão construídas, resultando no conjunto em capacidade total de 1.627 megawatts. O combustível será usado também pelas indústrias locais. O gás natural é um combustível mais barato e menos poluente que o óleo e um dos resultados da mudança será a redução de emissão de hidrocarbonetos, óxidos de enxofre e partículas.
A demanda por energia na península de Yucatán está crescendo à taxa de 7% ao ano, a mais alta de todo o país.