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“Guatemala: Passado e futuro”

Uma reprodução em tamanho mural da “Tela de Quauhquechollan”, uma pintura do século XVI, sobressai em uma das paredes da exposição sobre a arte guatemalteca na sede do Banco Interamericano de Desenvolvimento, em Washington. Digitalmente restaurada pela Universidade Francisco Marroquín, a pintura conta a história de como conquistadores espanhóis aliaram-se a chefes Quauhquechollan locais para derrotar os astecas na Guatemala.

Esse belo exemplo de como a tecnologia pode nos ajudar a compreender o passado dá o tom para a exposição da Galeria de Arte do BID, que recebe o nome de “Guatemala: passado e futuro”, numa homenagem ao país que sediou a 48ª Reunião Anual da Assembléia de Governadores do BID, em abril de 2007.

O passado refere-se ao legado dos maias, um povo que viveu na América Central durante milhares de anos e cujas cidades-Estado alcançaram o auge por volta de 900 d.C. Vestígios da cultura maia são encontrados em muitos sítios arqueológicos, principalmente no território em que agora estão a Guatemala, o sul do México, Honduras e Belize. O futuro é representado pela tecnologia, que foi usada para restaurar a tela e produzir reproduções digitais de antigas cidades maias e projetos contemporâneos. Os visitantes da exposição do BID puderam examinar as imagens com a ajuda de um computador.

Imagem removida.

O catálogo da exposição destaca o legado cultural da nação maia.

A exposição inclui um espaço para a arte moderna da Guatemala, com uma série de litografias do pintor modernista guatemalteco Carlos Mérida (1891–1984). Um dos mais destacados artistas latino-americanos da primeira metade do século XX, Mérida deu início ao primeiro movimento artístico pró-indígena nas Américas, anos antes da ascensão do muralismo mexicano. Suas litografias na exposição do BID foram inspiradas pelo Popol Vuh, o livro sagrado dos maias, e tiveram sua primeira exibição em Paris, em 1943.

Duas reproduções digitais na exposição do BID foram preparadas pela Studio © S.A., dirigida por Carlos Argüello, indicado para o Oscar de supervisor de efeitos visuais de As Crônicas de Nárnia, em associação com a Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA). Uma delas mostra a cidade-Estado maia de Tikal em seu apogeu nos tempos pré-colombianos, recriada a partir de exemplos das ruínas arquitetônicas existentes. A outra exibe o Centro de Arte e Tecnologia da Guatemala, cujo objetivo primário é usar a tecnologia como uma ferramenta de capacitação para jovens, a fim de estimular o progresso e o desenvolvimento do país.

Muitos sítios arqueológicos na Guatemala, como Tikal e El Mirador, estão localizados na região de Petén, que também é o local de 90% de toda a produção de petróleo do país e, portanto, uma área de inestimável importância natural e cultural. O BID trabalhou com o governo guatemalteco para assegurar o desenvolvimento sustentável da região. Esses projetos estão ilustrados na exposição por meio de gráficos e diagramas produzidos pelas autoridades da Guatemala.

O curador da exposição, Félix Ángel, coordenador geral e curador do Centro Cultural do BID, diz que a Reunião Anual do BID foi “uma oportunidade propícia para que o BID oferecesse um tributo à nação maia, reconhecendo seu importante legado cultural para os jovens guatemaltecos, que devem agora assumir as esperanças e metas de seu país”. A exposição foi organizada pelo Centro Cultural do BID, em cooperação com Eduardo Cofiño, consultor especial do presidente da Guatemala para o desenvolvimento sustentável na região de Petén, e Carlos Argüello, fundador e diretor da Studio © S.A.

O Centro Cultural do BID foi estabelecido em 1992 para promover a cultura como um componente do desenvolvimento. Organiza exposições em sua galeria de arte, em Washington, que refletem a história e as expressões artísticas das Américas do Norte, Central e do Sul e do Caribe e de países doadores da Europa Ocidental, além de Israel, Japão e Coréia, enfatizando a relação entre cultura e desenvolvimento.

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