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BID propõe a grupos da sociedade civil latino-americana e caribenha aprofundar trabalho conjunto

SAN JOSÉ, Costa Rica - Em reunião com organizações não-governamentais da América Latina e do Caribe, o Banco Interamericano de Desenvolvimento propôs aprofundar seu trabalho conjunto com a sociedade civil.

"O BID e a sociedade civil têm fortalezas complementares", disse o presidente do BID, Luis Alberto Moreno, durante sessão de diálogo com dirigentes de 64 ONGs locais, municipais e internacionais reunidas na quarta-feira na capital da Costa Rica.

"O BID tem a capacidade financeira e técnica para apoiar investimentos em grande escala em iniciativas para melhorar a qualidade de vida dos pobres na América Latina e no Caribe (...). A sociedade civil organizada tem capacidade e persistência para fazer as auditorias sociais necessárias para assegurar o êxito dessas iniciativas", acrescentou. "Por isso, o BID e as organizações da sociedade civil podem e devem trabalhar como verdadeiros parceiros para aumentar a eficácia dos investimentos em projetos de desenvolvimento."

Os participantes propuseram mecanismos para melhorar a comunicação entre o BID e as organizações da sociedade civil, para que os intercâmbios sejam mais frutíferos e para assegurar que as salvaguardas sociais e ambientais do Banco sejam aplicadas com mais eficácia nos projetos que financia.

Por sua vez, o BID reiterou seu compromisso de criar conselhos assessores da sociedade civil em cada um dos 26 países mutuários da América Latina e do Caribe, para que pessoas do terceiro setor contribuam com seu conselho junto às representações do Banco.

Durante o encontro debateram-se temas como a prevenção e mitigação dos impactos negativos dos grandes projetos de infra-estrutura; a fiscalização da transparência em programas financiados pelo BID; e a necessidade de assegurar benefícios econômicos para as comunidades locais em que se fazem grandes investimentos, como usinas hidrelétricas. Discutiram-se também os grandes planos, como a Iniciativa para a Integração da Infra-estrutura Regional Sul-Americana e o Plano Puebla-Panamá.

Mencionou-se também a proposta formulada em janeiro por um comitê da Assembléia de Governadores do BID para reduzir as dívidas da Bolívia, Guiana, Haiti, Honduras e Nicarágua. Os governadores dos 47 países membros do Banco devem votar esta iniciativa antes de sua próxima reunião em março na Guatemala.

Vários participantes instaram o BID a trabalhar de perto com organizações de base que representam indígenas e afro-descendentes. Nesse contexto, Moreno mencionou uma nova iniciativa do BID, Oportunidades para a Maioria, que visa ampliar o acesso das pessoas de mais baixa renda da região a ferramentas que podem facilitar a acumulação de bens, como moradia e poupança, ou melhorar sua qualidade de vida, como serviços básicos ou transporte público.

Com esta iniciativa, o Banco procurará estabelecer parcerias com instituições do setor privado e da sociedade civil para apoiar projetos inovadores com potencial para ser levados a grande escala e alcançar um número maior de pessoas.

O BID realiza anualmente reuniões com organizações da sociedade civil. O encontro da Costa Rica foi o sétimo desse tipo.

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