As exportações totais do Hemisfério Ocidental para o mundo aumentaram 5% em 2003, segundo estimativas preliminares divulgadas pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento. Esse aumento reverte a tendência dos últimos dois anos, que mostrou uma queda de mais de 12% entre 2000 e 2002.
O retorno do crescimento em 2003, facilitado por uma recuperação modesta da demanda mundial, foi liderado palas exportações latino-americanas, que aumentaram ao redor de 8% em 2003, enquanto que as exportações dos Estados Unidos avançaram a uma taxa muito mais lenta de 3%. O crescimento das exportações foi particularmente forte no Brasil, onde alcançou 21%, mas também foi positivo para todos os países latino-americanos exceto um, de acordo com estimativas preliminares do BID.
O sólido desempenho das exportações brasileiras foi a principal razão do impressionante crescimento de 19% das exportações do Mercado Comum do Cone Sul (Mercosul) . A Argentina também registrou um forte crescimento das exportações, assim como os outros países do Cone Sul. As exportações do Mercado Comum da América Central também tiveram forte crescimento, estimado em 12%, sendo que os cinco membros do grupo contribuíram para o avanço. As exportações da Comunidade Andina cresceram ao ritmo bem mais lento de 3% durante o ano. Isso deveu-se, sobretudo, ao resultado negativo do crescimento das exportações da Venezuela, que compensou desempenhos fortes nas exportações da Bolívia, Equador e Peru. Os países do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) aumentaram suas exportações combinadas em 4% durante o ano.
Para o Hemisfério Ocidental como um todo, e para a maioria das subregiões, o crescimento das exportações para os mercados extra-regionais foi maior do que o crescimento do comércio intra-regional, em contraste com a tendência prevalecente na década de 1990. As exportações entre os países latino-americanos cresceram 5%, comparadas com o aumento de 8% para as exportações totais da região. Da mesma forma, houve uma expansão de 7% das exportações dentro do mercado centro-americano, comparada com um aumento de 12% das vendas do grupo ao mundo. A diferença foi mais significativa na Comunidade Andina, onde as exportações intra-andinas declinaram 11%, enquanto as exportações totais do grupo mostraram um crescimento modesto. As exportações tanto da Colômbia quanto da Venezuela para seus parceiros, que tradicionalmente dominam o comércio intra-andino, sofreram um declínio marcado. No NAFTA, também, as exportações dentro do grupo cresceram a um passo mais lento do que as exportações para o mundo. A única exceção a essa tendência foi o Mercosul, em que as exportações dentro do grupo excederam em 2% as vendas para os mercados extra-regionais, refletindo sinais de retomada do crescimento econômico nesse mercado subregional.
Esses e outros dados sobre o recente desempenho do comércio hemisférico serão publicados esta semana no número de dezembro da Publicação Periódica sobre Integração de Comércio nas Américas, do Departamento de Integração do BID.
Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras e Nicarágua.
Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela.
Canadá, Estados Unidos e México.