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BID entrega prêmios para o desenvolvimento da microempresa e o empresariado social

RIO DE JANEIRO – Uma caixa de poupança e crédito peruana, uma fundação nicaragüense dedicada ao microcrédito e uma organização não-governamental que apóia pequenos produtores rurais e comunidades nas áreas mais pobres do Brasil receberam os prêmios que o Banco Interamericano de Desenvolvimento concede anualmente às instituições que se destacam por seu apoio ao desenvolvimento da microempresa na América Latina e no Caribe.

Por sua vez, o prêmio do BID para o Empresariado Social foi concedido este ano a Oded Grajew, fundador de uma instituição brasileira que promove a responsabilidade social das empresas do setor privado.

Os prêmios foram entregues pela diretora do Plano Estratégico da Prefeitura do Rio de Janeiro, Cecília Castro, e o presidente do BID, Enrique V. Iglesias, em cerimônia realizada durante o 5° Fórum Interamericano da Microempresa.

“Ao ressaltar as organizações e líderes que foram bem-sucedidos no campo do desenvolvimento da microempresa, o BID procura reconhecer a eficácia e a sustentabilidade de instituições de microfinanciamento, organizações de serviços de desenvolvimento empresarial e empresários sociais que contribuem para o desenvolvimento da microempresa na região e criam oportunidades de emprego para pessoas nos grupos mais desfavorecidos da sociedade”, disse Iglesias em seu discurso.

A microempresa cumpre um papel social e econômico chave na América Latina e no Caribe. Mais de 110 milhões de pessoas nesta região ganham a vida em empresas com menos de 10 trabalhadores.

No final da cerimônia, Iglesias destacou as contribuições feitas durante cinco décadas ao desenvolvimento do Brasil pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e o Banco do Nordeste.

O foro foi organizado pela Divisão de Micro, Pequena e Média Empresa do BID com o patrocínio do BNDES, Banco do Nordeste e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). O evento, que terminou na quarta-feira, 11 de setembro, reuniu mais de 1.200 participantes de instituições que apóiam a microempresa e o microfinanciamento.

Instituições e Personalidades Premiadas

  • Caja Municipal de Ahorro y Crédito de Arequipa (CMAC), Peru, obteve o Prêmio de Excelência em Microfinanças para Instituições Regulamentadas tanto por sua liderança e seu espírito inovador em matéria de serviços a clientes como por seu notável desempenho financeiro num contexto econômico difícil. A rede de 13 agências de CMAC serve a 100.000 clientes micro, pequenos e médios no sul do Peru. A caixa tem planos para entrar no mercado de Lima. O presidente da diretoria, Alejandro Casis, recebeu o prêmio. (http://www.cmac-arequipa.com.pe)
  • Fundación para el Apoyo a la Microempresa (FAMA), Nicarágua, ganhou o Prêmio de Excelência em Microfinanças para Instituições Não Regulamentadas por seu bom desempenho, que lhe permitiu enfrentar as condições adversas em decorrência do furacão Mitch. FAMA aumentou sua eficiência e manteve a rentabilidade ajustando seus serviços às necessidades de sua clientela. Receberam o prêmio o gerente geral, Victor Tellería Gabuardi, e o subgerente Juan Álvaro Munguía. (http://www.fama.org.ni/)
  • Visão Mundial, Brasil, obteve o Prêmio de Excelência em Serviços de Desenvolvimento Empresarial. Seu programa Comércio Justo e Solidário se destaca por proporcionar serviços de assistência técnica, capacitação e comercialização para pequenos produtores rurais em algumas das zonas mais pobres do Brasil. Visão Mundial cria canais de comercialização diretos entre os produtores e os mercados interno e externo. Essa ONG destaca-se por sua capacidade de gestão, seus esforços para prover serviços auto-sustentáveis e a qualidade da assistência técnica que presta a seus beneficiários, assim como por sua defesa dos direitos humanos. Recebeu o prêmio seu diretor executivo, Serguem Jessuí Machado. (http://www.visaomundial.org.br/)
  • Oded Grajew, presidente e fundador do Instituto Ethos de Responsabilidade Social do Brasil, recebeu o Prêmio para o Empresariado Social por seu trabalho em prol da criação de uma consciência no setor privado sobre a responsabilidade social, em apoio às pessoas mais necessitadas, pela defesa do meio ambiente e pelo desenvolvimento comunitário. Por meio do Ethos, Grajew trabalha com as empresas para que adotem princípios de comportamento socialmente responsável e apliquem políticas e práticas guiadas por critérios éticos em suas relações com consumidores, investidores e as comunidades onde fazem negócios. Ele também preside a Fundação Abrinq para os Direitos da Criança e do Adolescente, criada em 1990 para apoiar programas de erradicação do trabalho infantil. (www.ethos.org.br)
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