SEVILHA – O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial lançaram uma nova plataforma para ajudar países e instituições a captar capital privado para o desenvolvimento sustentável na região amazônica — combinando a proteção ambiental com impacto econômico e social.
A plataforma baseia-se nas Diretrizes para Emissão de Títulos da Amazônia, recém-publicadas em conjunto pelo BID e pelo Banco Mundial. Essas diretrizes oferecem um marco abrangente para estruturar títulos com critérios claros sobre o uso dos recursos, medição de impacto e transparência.
Como primeiro passo do novo programa, o BID planeja emitir até US$ 1 bilhão em Títulos da Amazônia — voltados para projetos que reduzam o desmatamento, protejam a biodiversidade e apoiem os meios de subsistência locais e a resiliência econômica.
“Este programa oferece um marco claro para canalizar capital privado para o desenvolvimento sustentável na Amazônia. Com padrões sobre como os recursos são utilizados e reportados, dá aos investidores a confiança de que seu financiamento gerará impacto real — apoiando projetos que protegem florestas e biodiversidade, oferecendo alternativas econômicas concretas, fortalecendo economias locais e melhorando as condições de vida das comunidades em toda a região”, disse Ilan Goldfajn, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento.
“Estamos orgulhosos de apoiar o lançamento do programa de emissão de títulos para a Amazônia — um passo importante para mobilizar financiamento sustentável para uma das regiões mais vitais do mundo. Por meio do marco Amazônia Viva, estamos ajudando os países a desenvolver instrumentos confiáveis e de alto impacto que possam atrair capital privado em larga escala — transformando o financiamento sustentável em impacto real e duradouro. Essa iniciativa se baseia na assistência técnica do Grupo Banco Mundial, que tem ajudado mutuários do setor público de mercados emergentes e bancos comerciais a captar recursos significativos por meio de títulos verdes, sociais e de sustentabilidade”, afirmou Carlos Felipe Jaramillo, vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe.
A Espanha contribuiu com US$ 2 milhões por meio da AECID para apoiar o desenvolvimento das diretrizes e a assistência técnica para futuros emissores. O Fundo Verde para o Clima também ofereceu apoio essencial.
“A Espanha tem orgulho de contribuir para este esforço conjunto de levar financiamento sustentável à Amazônia. Por meio da AECID, apoiamos o desenvolvimento das diretrizes para os títulos porque acreditamos que padrões sólidos são essenciais para garantir credibilidade e escala. Ao promover a sustentabilidade social e ambiental em uma região estratégica, este programa representa um passo concreto para conectar a FfD4 em Sevilha com a COP30 em Belém e transformar os compromissos climáticos globais em resultados locais.”
Todas as emissões de títulos sob o programa serão monitoradas na Plataforma de Transparência de Títulos Verdes — um site público lançado e mantido pelo BID com financiamento técnico do governo alemão.
A iniciativa faz parte da plataforma Amazônia Sempre do BID e complementa o programa Amazônia Viva do Banco Mundial — refletindo uma coordenação multilateral mais profunda antes da COP30 no Brasil.
Com mais de 47 milhões de pessoas e mais de 20% da água doce do mundo, a região amazônica é vital para a estabilidade climática global. O novo programa oferece um modelo para mobilizar financiamento que apoie tanto a proteção ambiental quanto o desenvolvimento econômico inclusivo.
Sobre o BID
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) se dedica a melhorar vidas em toda a América Latina e o Caribe. Fundado em 1959, o BID trabalha com o setor público da região para desenhar e viabilizar soluções inovadoras e de impacto para o desenvolvimento sustentável e inclusivo. Impulsionando o financiamento, a experiência técnica e o conhecimento, promove o crescimento e o bem-estar em 26 países.
Nicaretta,Romina Tan
