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BID aprova nova política operacional para promover a igualdade de gênero na América Latina e Caribe

  • Estratégia de investimento direto para a igualdade de gênero e para a autonomia das mulheres
  • Reforço da perspectiva de gênero nas operações do Banco

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) aprovou uma nova política operacional em matéria de igualdade de gênero no desenvolvimento. A política inclui questões de gênero em projetos do Banco e para promover investimentos diretos em áreas estratégicas para a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

A política também enfatiza questões de gênero que afetam desproporcionalmente os homens, crianças e mulheres de diferentes grupos étnicos e raciais.

A nova política busca uma atenção pró-ativa para as questões de gênero em todos os setores de desenvolvimento e na concepção, execução, acompanhamento e avaliação das operações financiadas pelo Banco. Por exemplo, o Banco desenvolve orientações para apoiar a integração do gênero em projetos rurais e de água e saneamento , onde as mulheres são os principais beneficiárias devido ao seu papel crítico na gestão de recursos hídricos em casa e na comunidade .

A ampliação de uma perspectiva de gênero vai melhorar para reforçar o impacto de desenvolvimento do BID, em áreas relacionadas com a desigualdade de gênero e pobreza. Mesmo  com muitos desafios para enfrentar, a América Latina e o Caribe realizaram progressos significativos em matéria de igualdade de gênero, principalemente em alcançar a igualdade na educação e na participaçào das mulheres no mercado de trabalho.

As mulheres ainda dominam as maiores taxas de desemprego, ganham de 10 a 30 por cento menos que os homens e estão subrepresentadas no mercado de trabalho informal e de baixa produtividade. A mortalidade materna também caiu em toda a região, mas em muitos países um dos sérios problemas são referentes as mulheres indígenas . O acesso geral à educação e serviços de saúde ainda é menor para as mulheres indígenas e afro-descendentes do que para outros grupos.

Com relação ao acesso das mulheres a cargos de liderança, os índices aumentaram, mas com lacunas significativas em todos os níveis: apenas 11 por cento das mulheres da América Latina são chefes e 20 por cento ocupam cargos parlamentares.

A desigualdade de gênero também afeta os homens. Muitos jovens estão desproporcionalmente representados como vítimas e como autores de homicídios. Os indices também mostram que muitas crianças abandonam a escola antes mesmo de se formarem

É neste contexto de avanços positivos e resultados contínuos, que o BID aprova novas políticas, posicionando-se como um parceiro forte em várias regiões.

A nova política também tem como principal objetivo promover projetos que definam a igualdade de gênero e o empoderamento de mulheres. Um exemplo de uma operação que está em execução  é o Mibanco no Peru. Pensando no desenvolvimento e na melhor qualidade de vida, o Banco investe US $ 10 milhões em créditos de financiamento à mulheres empresárias.

A política também inclui garantias de gênero para ajudar e identificar possíveis efeitos adversos e riscos de exclusão baseadas em gênero nas fases iniciais de elaboração do projeto, semelhante à segurança social, ambiental e outros projetos do Banco. Além disso, as novas diretrizes estabelecem indicadores para monitorar o progresso institucional na execução da política através dos insturmentos do Banco, tais como as estratégias dos países, as operações financeiras, o conhecimento do produto e a capacitação.

A fim de traduzir as políticas em ações, o Banco está preparando um Plano de Ação de Operações (GAP-O) para acelerar a implementação e o acompanhamento da política de 2011-2012. Espera-se que o GAP-S seja aprovado pela Administração do Banco em janeiro de 2011.

"A nova política vai reforçar ainda mais a resposta do Banco para os objetivos e os compromissos dos países membros na América Latina e no Caribe. Também vai promover a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres de uma forma holística", afirma Andrew Morrison, diretor da Unidade de Gênero e Diversidade do BID.

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