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Uma ponte portátil sobre o fosso digital

 

Barbados está no segundo ano de um programa abrangente de Melhoramento do Setor Educacional destinado a reformar o sistema de educação. O programa, avaliado em US$213 milhões e financiado em parte por um empréstimo de US$85 milhões do BID, visa aumentar a relevância e a eficácia do currículo nacional, ensinando métodos e mecanismos de avaliação do sistema educacional. Segundo o governo, a meta é nada menos que "aumentar o número de jovens que contribuem para o desenvolvimento social, cultural e econômico sustentável de Barbados".

Além do desenvolvimento de recursos humanos e da reforma do currículo, o programa tem uma parte substancial dedicada à recuperação de prédios escolares a fim de permitir a instalação de computadores em rede. Mas segundo Bruce Hackett, o especialista do BID que trabalha no projeto em Barbados, alguns dos prédios mais antigos representam um desafio especial. "Algumas das escolas de áreas de baixa renda estão instaladas em igrejas adaptadas", explica ele. "Há uma única área, com divisórias entre as salas para cada série". Não é fácil passar a fiação para instalar as redes e construir prédios novos é coisa fora de questão por enquanto.

Num esforço para garantir acesso eqüitativo à tecnologia de forma econômica, o governo decidiu contratar a CCS IT Ltd, firma local de tecnologia da informação parceira em Barbados da NETSchools Corporation, empresa americana que fornece serviços de aprendizagem com base em computador e gestão integrada de currículos. Como parte de um programa piloto em três escolas, a CCS instalou redes locais sem fio e forneceu aos alunos laptops robustos, conhecidos como StudyPros, que as crianças podem usar em qualquer parte da escola e também em casa.

Os laptops são entregues com programas de processamento de texto e planilha eletrônica instalados, além de motor de busca para pesquisas na Internet. Para os professores, a CSS fornece também acesso a um Sistema de Informação Acadêmica (sigla inglesa AIS) gerenciado pela NETSchools, com mais de 24.000 sites relacionados ao currículo, um Sistema de Currículos e Gestão de Recursos e um Sistema de Controle de Sala de Aula.

As crianças podem acessar a Internet por intermédio do servidor da escola ou, quando têm linha telefônica, a partir de casa, segundo Hackett. "Esta foi uma maneira mais flexível e econômica de introduzir alunos e pais à tecnologia da informação e à Internet", comentou ele. "As crianças parecem gostar dos laptops porque podem levá-los para casa, partilhá-los com a família, acessar a Internet e fazer os deveres de casa."

Um total de 1.148 StudyPros e 76 laptops para os professores estão em uso nas duas escolas primárias e na escola secundária envolvidas no programa piloto, segundo Hackett. Mais duas escolas devem juntar-se à iniciativa na segunda fase do programa de reforma educacional de Barbados. Outras escolas já estão recebendo gradualmente microcomputadores comuns e os serviços de fiação. De acordo com o diretor do programa de reforma, Alies Jordan, o Ministério da Educação está monitorando de perto a implementação e o impacto dessa inovadora solução tecnológica e poderá acabar por estendê-la a outras escolas, dependendo dos resultados do programa piloto.

Veja mais informações sobre o programa de reforma educacional de Barbados nos links à direita.

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