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Recuperação das exportações da América Latina e do Caribe perde força

Queda do preço de algumas matérias-primas diminui o ritmo de crescimento das exportações

O valor das exportações da América Latina e do Caribe cresceu 10,6 por cento ano-a-ano no primeiro trimestre de 2018, estimulado pelo aumento da demanda de todos os seus principais parceiros comerciais, especialmente a União Europeia e os próprios países da região, de acordo com um relatório do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Entretanto, a taxa de crescimento das exportações no início do ano corrente foi inferior à média de 11,9 por cento registrada em 2017, principalmente em função da queda ou manutenção dos preços de matérias-primas como o açúcar, o café, a soja e o ferro. Esses e outros dados encontram-se na atualização semestral da publicação Estimativas das Tendências Comerciais da América Latina e do Caribe {https://publications.iadb.org/handle/11319/8698}.

Os volumes exportados seguiram crescendo cerca de 4 por cento na comparação ano-a-ano, influenciados pelas vendas internacionais do Brasil, México, Colômbia e Argentina. A moderação do ritmo de crescimento do valor exportado foi consequência do desempenho da América do Sul e, em menor medida, da América Central.

“Depois da longa contração comercial sofrida pela região nos últimos anos, é uma boa notícia que os volumes de exportação sigam em expansão”, afirma Paolo Giordano, Economista Principal do Setor de Integração e Comércio e coordenador do estudo. “No entanto, é necessário promover a diversificação e aprofundar a integração regional para proteger-se dos riscos relacionados à volatilidade dos mercados de commodities”.

Em 2017, a recuperação do valor das exportações da América Latina e do Caribe foi estimulada pela demanda de todos os seus principais parceiros. No primeiro trimestre de 2018 observou-se uma forte queda na taxa de crescimento das vendas à China, ao passo que a das exportações à União Europeia e à própria região se acelerou.

As exportações da América do Sul, que haviam registrado um crescimento médio de 14,9 por cento em 2017, cresceram 10,4 por cento na comparação ano-a-ano no primeiro trimestre de 2018. A moderação do crescimento ocorre quando o volume exportado ainda se encontra a um nível 25 por cento inferior ao máximo histórico de 2011.

Na Mesoamérica, as exportações cresceram 10,8 por cento ano-a-ano no primeiro trimestre de 2018 devido ao aumento de 11,5 por cento nas vendas mexicanas e de 4,8 por cento nas centro-americanas. Esse quadro resulta de um crescimento mais robusto das exportações do México (9,5 por cento) e de uma desaceleração na América Central (5,8 por cento), ambos em relação à média de 2017.

Estima-se também que as exportações do Caribe tenham crescido 5,3 por cento em 2017.

O valor das importações da região subiu 14,3 por cento ano-a-ano no primeiro trimestre de 2018, após ter aumentado em média 9,6 por cento em 2017. O ritmo de aumento das importações acelerou-se ao longo de 2017 e no início de 2018 e foi superior ao das exportações.

CRESCIMENTO DO VALOR DAS EXPORTAÇÕES DA AMÉRICA LATINA E DO CARIBE POR DESTINOS SELECIONADOS

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(Taxa de variação anual, porcentagem, 2017 e 1T 2018)

Fonte: BID Setor de Integração e Comércio com base em fontes nacionais oficiais, exceto Venezuela, cujos dados foram estimados com valores da OPEP e do FMI.

Contato de Imprensa

Bachelet,Pablo A.

Bachelet,Pablo A.
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