Programa seleciona 30 instituições com propostas para fortalecer as empresas sociais que diversificam a economia criativa. Duas instituições são brasileiras
Há duas décadas, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), por meio do programa de Desenvolvimento Cultural do Departamento de Relações Externas, tem estabelecido parcerias com mais de 650 instituições ligadas à arte e à cultura, que promovem a preservação e recuperação das tradições e a preservação do patrimônio, contribuindo assim para o desenvolvimento das comunidades beneficiárias, através da promoção de atividades económicas e sociais sustentáveis.
Em 2014 foram selecionadas 30 instituições sem fins lucrativos, de 24 países da América Latina e Caribe. Os projetos preveem iniciativas em campos diversos como o turismo cultural, a valorização do patrimônio, a transmissão do conhecimento ancestral, a promoção das indústrias criativas e a formação de gestores culturais, entre outros tópicos. A seleção dos projetos incluiu uma avaliação de acordo com seu alcance educacional, a eficaz e eficiente utilização dos recursos, a capacidade de mobilizar contribuições financeiras adicionais e o seu impacto de longo prazo na comunidade.
Duas instituições vencedoras são brasileiras. A Associação Indígena Tapawia vai desenvolver um programa de resgate do grafismo e dos bancos tradicionais Kawaiwete, no Parque Indígena Xingu, no estado do Mato Grosso e a Organização dos Artistas e Artesãos de Angra dos Reis vai fortalecer o Centro Produtor de Fibras de Bananeiras da Costa Verde, no estado do Rio de Janeiro.
O programa visa estabelecer parcerias com iniciativas que ajudem o esforço artístico, a economia criativa e cultural para o desenvolvimento integral dos países da região, para que estas experiências sejam replicáveis e sustentáveis das comunidades onde desenvolvem. A chamada foi feita em fevereiro deste ano, através de um sistema electrônico de candidatura, atraindo mais de mil propostas.