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Presidentes do ADB e do BID discutem parceria inter-regional e desafios comuns

TÓQUIO, Japão – O presidente do Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB, na sigla em inglês),Takehiko Nakao, e o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, reuniram-se hoje para discutir como as duas regiões podem ampliar os esforços conjuntos para lidar com oportunidades e desafios comuns, como maior integração econômica, desenvolvimento do setor privado, aumento da desigualdade, e falta de oportunidades para os pobres. 

“Sentimos que existe um enorme benefício em cruzar os oceanos para compartilhar soluções de desenvolvimento e modelos de negócio inovadores que nos ajudem a alcançar nossa meta fundamental: melhorar o bem-estar de todos os nossos cidadãos pela promoção do crescimento econômico inclusivo”, disse Moreno na reunião bilateral. 

Os dois presidentes e outros funcionários de alto nível do ADB e do BID discutiram uma agenda ampla de questões, entre elas como estimular a integração Sul-Sul e o desenvolvimento da infraestrutura inter-regional, os desafios de proteção social com que se deparam os países de renda média e estratégias de investimento do setor privado essenciais para acelerar o crescimento inclusivo. 

A reunião dá continuidade a medidas anteriores para melhorar a cooperação, incluindo um acordo de colaboração ADB-BID assinado em 2009 e um programa de compartilhamento de conhecimento iniciado em 2011. Esse programa está promovendo cooperação em áreas como expansão da conectividade de banda larga, melhoria da eficiência nas alfândegas, garantia de segurança nas cadeias de abastecimento e planejamento de programas de proteção social mais eficazes, como transferências condicionadas de renda. 

“Países com similaridades econômicas podem ampliar o entendimento, confiança e cooperação, mesmo estando localizados muito longe um do outro. O desejo comum de crescer e de reduzir a pobreza pode proporcionar uma base sólida para a cooperação”, disse Nakao. 

Durante o evento também foi divulgado um novo relatório conjunto do ADB e do BID – Working Together in Pursuit of Inclusive Business: Sharing the Latin America and Caribbean Experience with Asia and the Pacific (Trabalhando juntos para a promoção de negócios inclusivos: compartilhando a experiência da América Latina e do Caribe com a Ásia e o Pacífico)– que avalia o benefício de apoiar negócios inclusivos, focando bens comercialmente viáveis, serviços, renda e oportunidades de emprego para populações vulneráveis. 

Os países em desenvolvimento da Ásia e da América Latina e Caribe obtiveram ganhos expressivos em termos de redução da pobreza e expansão da classe média em décadas recentes, mas as desigualdades dentro dos países e entre eles representam uma ameaça crescente ao progresso futuro. 

O relatório aponta que existem oportunidades de mercado importantes e em crescimento para negócios inclusivos, e que bancos multilaterais de desenvolvimento podem desempenhar um papel valioso em áreas como alavancagem de capital, redução de risco para os investidores e fornecimento de conhecimento e redes.

 

Incluem-se sugestões sobre como o sucesso do BID na promoção de modelos de negócio inovadores atendendo a interesses de populações vulneráveis na América Latina e no Caribe poderia ser reproduzido efetivamente na Ásia. O relatório sugere que esses programas de negócios inclusivos poderiam ser executados por meio de um instrumento de assistência técnica, um pool de capital dedicado e um fundo com administração externa. 

O ADB, sediado em Manila, dedica-se a reduzir a pobreza na Ásia e no Pacífico por meio de crescimento econômico inclusivo, crescimento ambientalmente sustentável e integração regional. Estabelecido em 1966, ele é propriedade de 67 membros, 48 deles da própria região. Em 2012, a assistência do ADB totalizou US$ 21,6 bilhões, incluindo co-financiamento de US$ 8,3 bilhões. 

O BID apoia iniciativas dos países da América Latina e do Caribe para reduzir a pobreza e a desigualdade pela promoção do desenvolvimento sustentável e climaticamente responsável. Fundado em 1959, o Banco é a principal fonte de financiamento para o desenvolvimento da região, tendo aprovado US$ 11,4 bilhões em empréstimos e doações em 2012. Tem 48 países acionistas, entre eles 26 da região.

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