Atividades como cinema, música, moda e videogames geram US$ 4,3 bilhões anuais e empregam 144 milhões de pessoas no mundo
O Presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, destacou a contribuição das indústrias criativas e culturais na economia mundial e na geração de empregos durante a abertura de Construir Soluções para Melhorar Vidas, o evento de inovação mais importante do BID, que reúne algumas das mentes mais criativas do mundo.
“Essas indústrias geram mundialmente receitas de US$ 4,3 bilhões e empregam 144 milhões de pessoas. Se fossem um país, seriam a quarta economia do mundo, depois de Estados Unidos, China e Japão”, destacou Moreno. “Estou convencido de que a criatividade e a inovação podem ajudar a região a dar um salto para maior prosperidade e bem-estar”, acrescentou.
As indústrias criativas incluem uma ampla gama de atividades, como artes visuais, artes cênicas, arquitetura, cinema, moda, publicidade, gastronomia, música, meios de comunicação e videogames, entre outros.
Estima-se que o impacto econômico das indústrias criativas na América Latina e Caribe seja da ordem de US$ 175 bilhões, o que equivale ao tamanho da economia do Peru, e empregam uma força de trabalho de 10 milhões de pessoas.
O BID destinou mais de US$ 650 milhões, entre empréstimos e assistência técnica, para financiar mais de 100 projetos em que a cultura é o elemento central ou um dos componentes principais.
Na abertura do evento Construir Soluções estiveram também o financista e filantropo Richard Blum, presidente da Blum Capital Partners e fundador do Blum Center for Developing Economies da Universidade da Califórnia em Berkeley, principal parceiro do evento; e a renomada economista Laura D’Andrea Tyson, professora da mesma Universidade.
Construir Soluções convidou referências na área de criatividade na América Latina, Estados Unidos, Europa e Japão, atraindo um público de mais de 700 pessoas à sede do BID. Entre os expositores destacam-se Esteban Quispe, jovem boliviano que construiu seu primeiro robô com resíduos sólidos; Mechi Martínez e Mariano Breccia, artistas têxteis argentinos que criam designs com o que outros descartam; e Adrián Suar, produtor geral da Pol-Ka, cuja proposta Latinwood tem a aspiração de converter a indústria cinematográfica da região na próxima Hollywood.
Entre os convidados internacionais estão o artista holandês Daan Roosegaarde, reconhecido por suas criações arquitetônicas interativas em que osespectadores e o espaço se convertem em uma só unidade; Keiichi Matsuda, jovem japonês especialista em hiper-realidade que combina vídeos, arquitetura e meios interativos para derrubar as barreiras entre o virtual e o físico; e Johanna Blakely, diretora do Centro Annenberg Norman Lear da Universidade da Califórnia, cuja visão é promover a liberdade dos direitos de propriedade intelectual para aumentar a criatividade, como acontece na indústria da moda.
O evento culmina hoje às 20h (EST) com a Noite do Empreendimento, em que 12 startups das indústrias criativas do Brasil, Colômbia, Guatemala e México apresentarão suas propostas diante de um júri de especialistas e competirão por vários prêmios. Das 12 selecionadas, cinco startups são brasileiras. Essas empresas foram selecionadas entre 500 que participaram do concurso que o BID lançou no início do ano para identificar os talentos emergentes da região nessas indústrias.
Esta sexta edição de Construir Soluções contou também com o patrocínio do Blum Center, com o apoio da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), Microsoft, Tech Sampa, Nos8, LatamStartups, Red Emprendia do Banco Santander e Global Good Fund, Pvblic Foundation, entre outros.
Sobre o BID
O Banco Interamericano de Desenvolvimento tem como missão melhorar vidas. Fundado em 1959, o BID é uma das principais fontes de financiamento de longo prazo para o desenvolvimento econômico, social e institucional da América Latina e do Caribe. O BID também realiza projetos de pesquisa de vanguarda e oferece assessoria sobre políticas, assistência técnica e capacitação a clientes públicos e privados em toda a região.
Sobre o Blum Center for Developing Economies
O Blum Center for Developing Economies foi estabelecido em 2006 como um centro interdisciplinar da Universidade da Califórnia em Berkeley para estudantes, pesquisadores e acadêmicos interessados em trabalhar com a pobreza e a desigualdade no mundo.