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Preparando-se para enfrentar a tempestade

Os últimos seis anos estiveram entre os mais gloriosos para as economias antes instáveis da América Latina. O crescimento foi alimentado pela elevação dos preços das commodities e por políticas fiscais em geral mais cautelosas. Quase 40 milhões de pessoas saíram da linha da pobreza.

 

Enquanto os efeitos da crise financeira nos Estados Unidos e na Europa se aprofundam, a América Latina e o Caribe estão se preparando para a tempestade. Os preços das matérias-primas tiveram uma queda acentuada e os orçamentos governamentais estão sendo testados.

 

O crescimento da região provavelmente desacelerará para 2% a 2,5% em 2009, em comparação com 4,5% um ano antes. Os fluxos de capital para a região provavelmente cairão abaixo dos US$250 bilhões necessários. Milhões de pessoas podem ser empurradas de volta para a pobreza.

 

O Banco Interamericano de Desenvolvimento e outras instituições multilaterais podem desempenhar um papel importante na expansão de recursos para que governos e empresas financiem investimento e na ampliação das reservas internacionais para dar aos bancos centrais da região mais espaço de manobra na condução da política monetária.

 

A magnitude da crise requer pensamento criativo e reações rápidas.

 

Para reduzir o impacto da crise, o BID e suas duas afiliadas, o Fundo Multilateral de Investimentos e a Corporação Interamericana de Investimentos, aprovaram um valor recorde de US$12,2 bilhões em empréstimos, garantias de crédito e doações em 2008. Esse número é 27% mais alto do que os US$9,6 bilhões aprovados em 2007, reafirmando o papel do BID como a principal fonte de financiamento de longo prazo para a América Latina e o Caribe.

 

O BID aprovou operações em um total de US$900 milhões em 2008 de seu novo fundo emergencial de liqüidez de desembolso rápido. Essa linha de crédito de US$6 bilhões, criada em outubro, proporciona financiamento para países que estejam enfrentando dificuldades temporárias de acesso aos mercados de crédito internacionais devido à turbulência financeira. O financiamento irá para bancos domésticos, para que estes possam emprestar a empresas locais para apoiar seus investimentos e operações.

 

Programas de transferência de renda condicionada para os pobres, uma alternativa cada vez mais utilizada que conta com apoio do Banco, também foram uma medida importante para defender as conquistas recentes na luta contra a pobreza durante estes tempos difíceis. O BID proporcionou financiamento para expandir e melhorar a cobertura desses programas na região no ano passado. Quinze países latino-americanos e caribenhos estão usando programas desse tipo para combater a pobreza em áreas urbanas e rurais, entre eles o México e o Brasil, que foram pioneiros nessa iniciativa na década de 1990.

 

Ajudar os países a lidar com dificuldades econômicas será uma prioridade crucial do BID em 2009, quando o Banco comemora o seu 50º aniversário.

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