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Maturidade em cibersegurança avança na América Latina e no Caribe, aponta relatório BID-OEA

  • A terceira edição deste relatório conjunto reflete quase uma década de evolução na maturidade da cibersegurança na região.

WASHINGTON — Os países da América Latina e do Caribe registraram avanços significativos no fortalecimento de sua capacidade de cibersegurança. No entanto, persistem lacunas em recursos, formação de profissionais e coordenação intersetorial, que continuam deixando a região vulnerável a ameaças digitais em constante evolução, segundo novo relatório do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Organização dos Estados Americanos (OEA).

O “Relatório de cibersegurança 2025: Vulnerabilidade e desafios de maturidade para reduzir lacunas na América Latina e no Caribe”, elaborado em parceria com o Global Cyber Security Capacity Centre da Universidade de Oxford, apresenta a avaliação mais abrangente já realizada sobre a maturidade em cibersegurança em 30 países da região. O estudo utiliza o Modelo de Maturidade de Capacidade em Cibersegurança para Nações (CMM por suas siglas em inglês), permitindo comparações ao longo do tempo e entre países.

Com base em dados exclusivos coletados junto aos Estados Membros da OEA, a análise oferece uma visão fundamentada sobre os avanços obtidos entre 2020 e 2025 e as lacunas que ainda permanecem nas capacidades de cibersegurança. A avaliação é estruturada em torno das cinco dimensões do CMM, que abrangem áreas essenciais para a prontidão em cibersegurança: política e estratégia; cultura e sociedade; educação, capacitação e habilidades; marcos legais e regulatórios; e tecnologia e padrões. O relatório apresenta recomendações práticas para formuladores de políticas públicas, líderes do setor privado e sociedade civil.

“A revolução digital está transformando economias e sociedades na América Latina e no Caribe, mas também traz novos riscos”, afirmou Paula Acosta, chefe da Divisão de Capacidade Institucional do Estado no BID. “Este relatório demonstra que, embora a região tenha avançado de forma importante e os resultados médios tenham melhorado em todas as dimensões avaliadas, é necessário acelerar os investimentos em cibersegurança, fortalecer a colaboração intersetorial, ampliar capacidades operacionais e garantir que todos os países estejam melhor preparados para enfrentar os riscos crescentes.”

Principais conclusões:

  • Avanços consistentes, redução de lacunas: Desde a última avaliação em 2020, a região apresentou aumento geral na maturidade em cibersegurança nas cinco dimensões do CMM: política e estratégia, cultura e sociedade, conhecimento e capacidades, marcos legais e regulatórios, e padrões e tecnologias. A diferença de maturidade entre países está diminuindo, refletindo um desenvolvimento mais equilibrado.
  • Desafios a enfrentar: Apesar dos avanços, áreas como qualidade de software, proteção de infraestrutura crítica e mercado de cibersegurança permanecem menos maduras. O investimento em pesquisa e inovação em cibersegurança ainda é limitado, e a adoção de seguros cibernéticos é baixa.
  • IA e ameaças emergentes: A rápida adoção da inteligência artificial está remodelando o cenário de ameaças, ampliando riscos existentes e introduzindo novas vulnerabilidades. O relatório destaca a necessidade urgente de atualizar governança, padrões e capacidades para enfrentar os desafios relacionados à IA.

O estudo ressalta a importância da liderança política e da capacidade de absorção para avançar em cibersegurança. Países que integram a cibersegurança em agendas mais amplas de desenvolvimento e promovem parcerias público-privadas estão melhor posicionados para responder a ameaças e reduzir lacunas de maturidade.

“Este relatório mostra uma trajetória positiva clara na região, mas também reforça que a cibersegurança é uma responsabilidade coletiva. Nossa parceria de longa data com o BID e o Global Cyber Security Capacity Centre da Universidade de Oxford reflete exatamente esse espírito: trabalhar juntos para oferecer aos Estados Membros as ferramentas necessárias. A OEA continuará ao lado dos países, fornecendo apoio técnico e promovendo cooperação, para que o Hemisfério avance unido”, afirmou Iván Marques, Secretário de Segurança Multidimensional da OEA.

O Relatório de Cibersegurança 2025 é fruto de uma colaboração estratégica entre a OEA, o BID e o Global Cyber Security Capacity Centre da Universidade de Oxford. Baseia-se em dados exclusivos coletados junto aos Estados Membros da OEA e apresenta recomendações práticas para formuladores de políticas públicas, líderes do setor privado e sociedade civil. Esta é a terceira edição; o primeiro estudo foi lançado em 2016 e atualizado em 2020.

Baixe o relatório completo aqui (disponível em inglês).

Sobre o BID

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), membro do Grupo BID, tem como objetivo melhorar vidas na América Latina e no Caribe. Fundado em 1959, o Banco trabalha com o setor público da região para desenhar e facilitar soluções inovadoras que gerem impacto para o desenvolvimento sustentável e inclusivo. Por meio de financiamento, experiência técnica e conhecimento, o BID promove o crescimento e o bem-estar em 26 países. Visite nosso site www.iadb.org/pt.

Sobre a OEA

A Organização dos Estados Americanos, fundada em 1948, é a mais antiga organização regional do mundo, com origens que remontam à Primeira Conferência Internacional dos Estados Americanos em 1889. A Organização foi criada com o objetivo de alcançar entre seus Estados Membros, conforme estipulado no Artigo 1 da Carta, “uma ordem de paz e justiça, promover sua solidariedade, fortalecer sua colaboração e defender sua soberania, sua integridade territorial e sua independência.”

Atualmente, a OEA reúne 34 Estados independentes das Américas e atua como o principal fórum governamental do Hemisfério para questões políticas, jurídicas e sociais. Além disso, concedeu status de Observador Permanente a 70 Estados, bem como à União Europeia (UE). Para alcançar seus propósitos centrais, a OEA se fundamenta em seus principais pilares: democracia, direitos humanos, segurança e desenvolvimento.

Contato de Imprensa

Recalde Rosero,Cristina

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