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A marcha da integração

O Mercosul conseguiu expandir com êxito o comércio e o investimento entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, mas o pacto de comércio enfrenta um futuro de grandes desafios, segundo um relatório do Instituto de Integração da América Latina e do Caribe (Intal), entidade filiada ao BID com sede em Buenos Aires.

O comércio no Mercosul é agora de US$16 bilhões por ano, o que equivale a um quinto do comércio externo total dos seus países membros. No entanto, esse comércio interno ainda não alcançou seu potencial, principalmente em comparação com o Sudeste da Ásia, de acordo com o primeiro relatório do Intal sobre o Mercosul. O relatório foi o tema de um seminário recentemente realizado na sede do BID, em Washington, D.C.

Roberto Bouzas, coordenador do relatório, disse que o êxito inicial do pacto deveu-se a uma parceria natural entre os países membros, “reprimida durante várias décadas por políticas (protecionistas)”.

O Mercosul também foi favorecido porque os quatro países membros adotaram políticas macroeconômicas similares nos últimos quatro a cinco anos e por sua decisão de utilizar mecanismos automáticos para reger o processo de liberalização do comércio, recorrendo a negociações somente em casos excepcionais.

Mas a tarefa de sustentação de um mercado comum não é fácil. “O Mercosul chegou a um ponto em que as questões institucionais e organizacionais começam a ser decisivas”, disse Bouzas. Algumas políticas do pacto de comércio ainda não estão funcionando como deveriam e precisam ser implementadas com mais eficiência. Um exemplo: ocorre uma dupla cobrança de tarifas quando um país importa um produto de um país fora do pacto e o reexporta a um país membro do Mercosul. Além disso, a troca de informações entre os países membros ainda é muito limitada.

 

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