Brasil, Chile, Uruguai, Colômbia, Peru, Panamá e Costa Rica lideram o Infrascope 2021/2022, que avalia a capacidade dos países de mobilizar investimento por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs)

Os países da América Latina e do Caribe deram passos significativos na criação de ambientes propícios para o desenvolvimento de parcerias público-privadas (PPPs) eficientes e sustentáveis ​​em infraestrutura. Dois países se destacam (Brasil e Chile), e outros cinco apresentam alto desempenho: Uruguai, Colômbia, Peru, Panamá e Costa Rica. As bases regulatórias e institucionais para o desenvolvimento de PPPs já estão em grande medida estabelecidas em toda a região, e a atenção agora deve se concentrar na melhoria da preparação de projetos, financiamento e gestão de riscos.

Esses são os principais resultados da edição 2021/2022 do Infrascope, publicação que avalia há sete edições a capacidade de mobilizar investimentos privados em infraestrutura por meio de PPPs nos países. O estudo é produzido a cada dois anos pela Economist Impact por encomenda do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

O estudo foi apresentado hoje em um evento que contou com palavras de abertura do Presidente do BID, Mauricio Claver-Carone, e do Principal para as Américas da Economist Impact, Vaibhav Sahgal. Na sequência, o Vice-presidente de Países do BID, Richard Martínez, moderou um painel con funcionários públicos da Colômbia, Peru, Chile y Paraguai sobre desafios e oportunidades que a PPPs apresentam aos países, e a Chefe de Gabinete e Diretora de Estratégia do BID, Jessica Bedoya, conversou com investidores e desenvolvedores internacionais sobre as perspectivas das PPPs na região.

Esta nova edição foi expandida para 26 países e inclui um novo conjunto de indicadores para capturar os mais recentes desenvolvimentos em PPPs de infraestrutura, incluindo sustentabilidade social e ambiental, controle fiscal e planejamento orçamentário, transparência e prestação de contas, bem como novos instrumentos financeiros.

Durante a apresentação do estudo, o Presidente do BID, Mauricio Claver-Carone, destacou: “As Parcerias Público-Privadas representam uma grande oportunidade para expandir mercados, gerar empregos, contribuir para a recuperação econômica e o crescimento da região, já que fomentam sustentabilidade, eficiência e inovação. É por isso que no BID, por meio de nossa Janela Única de PPPs, estamos apoiando a colaboração entre os setores público e privado sob esse modelo e, para isso, o primeiro passo é entender os desafios e oportunidades que cada país tem, daí a importância de ferramentas de análise como o Infrascope”.

Os resultados do estudo indicam que a criação nos países de ambientes mais favoráveis ​​para o desenvolvimento e implementação de PPPs de infraestrutura será essencial para melhorar a eficiência, sustentabilidade, equilíbrio setorial e qualidade dessa ferramenta.

Por outro lado, o estudo destaca que o desenvolvimento de PPPs de infraestrutura de qualidade financeira e fiscalmente viáveis ​​requer reduzir incertezas por meio de alocação de risco transparente, consistente e eficiente, bem como a aplicação das lições aprendidas por meio do monitoramento contínuo do desempenho das PPPs.  Além disso, os países devem dar mais peso à sustentabilidade e à preparação para o futuro, para garantir que a infraestrutura econômica e social resista ao passar do tempo e às mudanças climáticas.