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Grupo BID lança ReInvest+: indo aonde o dinheiro está para desbloquear o financiamento climático privado

  • Iniciativa global pioneira começa pela América Latina e o Caribe
  • Bancos interessados podem enviar propostas até 24 de outubro

 

NOVA YORK — O Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento (Grupo BID), em parceria com a SB COP e a Presidência brasileira da COP30, lançou o ReInvest+, uma nova e ousada iniciativa para conectar os mercados financeiros globais aos projetos transformadores de adaptação e mitigação urgentemente necessários nos países em desenvolvimento.

Os países em desenvolvimento, exceto a China, precisam de mais de US$ 1,3 trilhão por ano para fortalecer sua resiliência contra eventos climáticos e reduzir emissões. Os recursos públicos cobrem apenas uma fração dessa necessidade, portanto, desbloquear recursos privados é essencial. No entanto, os fluxos de capital privado continuam lentos: investidores globais preferem títulos qualificados e em moeda forte, enquanto os projetos que mais necessitam financiamento estão em estágio inicial, sem qualificação e frequentemente em moeda local.

“Até agora, pedimos aos investidores institucionais que mudassem seu apetite por risco para investir em projetos em países em desenvolvimento. Essa abordagem se mostrou cara e difícil de escalar. Com o ReInvest+, estamos mudando a lógica”, disse o Presidente do Grupo BID, Ilan Goldfajn. “Os projetos devem ir aonde o dinheiro está. Queremos desbloquear capital privado transformando empréstimos locais comprovados em ativos globais investíveis — reabrindo espaço para novos empréstimos e potencialmente escalando o financiamento climático como nunca antes,” disse Goldfajn.

"Um dos êxitos pelos quais espero que a COP30 seja lembrada é justamente a questão do financiamento climático. Estamos avaliando o que já foi feito e o que falta fazer, e o ReInvest+ ajuda a preencher essas lacunas. Em conjunto, estamos avançando mostrando como o financiamento pode contribuir para as soluções climáticas", afirmou o Presidente da COP30, Embaixador André Corrêa do Lago.

“A SB COP sempre teve como objetivo transformar ambição em ação concreta, disse a Presidente de Finanças de Transição e Investimentos da Sustainable Business COP30 (SB COP), Luciana Ribeiro. Com o ReInvest+, não estamos apenas apoiando, mas impulsionando ativamente a implementação de modelos inovadores de financiamento para a transição para uma economia de baixo carbono. Nosso foco é catalisar a liderança do setor privado para que o capital seja mobilizado em escala, tornando os projetos de mitigação e adaptação verdadeiramente viáveis e impactantes.”.

ReInvest+ acontece em quatro etapas principais:

  1. Começa com empréstimos existentes
    O ReInvest+ começa com projetos preparados, aprovados e em execução, alocados nos balanços dos bancos locais. Esses empréstimos têm histórico comprovado e mitigação parcial de riscos. Um estudo encomendado pelo Grupo BID estima que apenas na América Latina e no Caribe há cerca de US$ 500 bilhões nestes empréstimos — parte de um conjunto global que pode ultrapassar US$ 3 trilhões.
  2. Converte empréstimos em títulos de grau de investimento
    Esses empréstimos são diversificados e aprimorados com seguros de carteira precificados comercialmente para riscos políticos e cambiais, transformando-os em títulos com grau de investimento em moeda forte que investidores institucionais podem adquirir.
  3. Recicla capital por meio de condicionalidade
    Os empréstimos são comprados apenas se os bancos se comprometerem a reinvestir os recursos em setores alinhados com os planos nacionais de desenvolvimento e metas climáticas (contribuições nacionalmente determinadas – NDCs, por sua sigla em inglês). Isso cria um ciclo autossustentável de capital, garantindo que o dinheiro institucional flua para projetos reais, empregos locais e crescimento sustentável.
  4. Empodera bancos locais a reinvestir
    Os bancos locais — mais próximos dos projetos — tornam-se atores chave para identificar e financiar novas oportunidades. Esse modelo inclusivo alinha os incentivos entre os governos nacionais, empresas locais, bancos e investidores globais.

Chamada para uma parceria global
O Grupo BID reconhece que alcançar escala e velocidade exige colaboração. O Grupo lançou hoje uma chamada de propostas para parceiros interessados em fazer parte da iniciativa. Bancos comerciais e internacionais podem manifestar interesse até 24 de outubro.

O BID atuará como um facilitador confiável e neutro, definindo critérios de compra de ativos, garantindo transparência e oferecendo tecnologias financeiras, incluindo seguro cambial de carteira. Na COP30, o BID e  seu braço privado, BID Invest anunciarão os parceiros selecionados na iniciativa e seus planos para aquisição de ativos nos próximos 12 meses.

O Grupo BID está comprometido com o Roteiro de Baku a Belém de US$ 1,3 trilhão e apoia a reformulação dos fluxos de financiamento para o desenvolvimento, clima e natureza entre os setores público e privado por meio da inovação e colaboração, permitindo que os países da América Latina e do Caribe escalem seu impacto.

Sobre o Grupo BID 

O Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento (Grupo BID) é a principal fonte de financiamento e conhecimento para melhorar vidas na América Latina e no Caribe. É composto pelo BID, que trabalha com o setor público da região e facilita a atuação do setor privado; pelo BID Invest, que apoia diretamente empresas e projetos privados; e pelo BID Lab, que estimula a inovação empreendedora. 

Contato de Imprensa

Borges De Padua Goulart,Janaina

Borges De Padua Goulart,Janaina

Mathus Ruiz,Rafael Alejandro

Press Coordinator

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Mathus Ruiz,Rafael Alejandro
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