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Grupo BID avança rumo à consolidação de suas atividades junto ao setor privado

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Assembleia dos Governadores define agenda e cronograma de trabalho

COSTA DO SAUÍPE, Brasil – Os governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Corporação Interamericana de Investimento (CII) concordaram hoje em avançar com os estudos para a consolidação de todas as suas atividades com o setor privado concentrados na CII e na análise dos futuros requerimentos de capital associados a esta reforma. 

No encerramento da reuniãoconjunta do BID e da CII, os governadores reconheceram o progresso alcançado desde a reunião anual de 2013, quando encomendaram a análise de uma reforma do trabalho do Grupo com o setor privado. 

Esta reforma tem como objetivo maximizar o impacto no desenvolvimento das intervenções e do uso eficiente dos recursos do Grupo. 

Os governadores os próximos passos da consolidação, entre eles contratação de especialistas independentes para assessorar o Grupo BID nos temas desta reforma. 

As Assembleias de Governadores são compostas por ministros de Fazenda e outras autoridades de seus países membros. Os governadores se reuniram neste fim de semana na Costa do Sauípe, na Bahia. 

Em discurso aos governadores, o presidente do BID, Luis Alberto Moreno, destacou que o setor privado é chamado a desempenhar um papel chave na busca do crescimento sustentável e da igualdade de oportunidades nos países da América Latina e do Caribe.

“A comunidade de negócios na região tem clara suas responsabilidades nesta matéria e sabe que o melhor investimento é aquele que leva à eliminação da pobreza e da miséria”, disse Moreno.

“No BID, estamos convencidos do papel do setor privado como instrumento para potencializar o crescimento da região e por essa razão promovemos um processo de reforma para fortalecer nossa capacidade de fomentar o desenvolvimento sustentável”, acrescentou.

Em seu discurso de boas-vindas aos governadores do BID, a presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, enfatizou os esforços que os países da região vêm empreendendo para avançar no caminho do desenvolvimento. “Cada um a seu modo, cada um segundo a história de seu país e de acordo com as prioridades nacionais”.

“Cabe ao BID um importante papel no apoio a esses projetos nacionais”, afirmou a presidenta. “Cabe ao BID um apoio aos projetos de integração inter-regional, uma vez que produtividade também é essa visão de que esta América Latina e o Caribe (...) estão na trajetória de recuperar os anos de desigualdade, os anos em que a sua população não usufruiu dos benefícios do seu desenvolvimento”.

A Assembleia dos Governadores elegeu como sua presidenta a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, que sucede o ministro de Economia e Finanças do Panamá, Frank de Lima. Belchior é a primeira mulher a presidir a instância máxima do BID.

Belchior disse que embora a vocação principal do BID seja trabalhar com o setor público dos países mutuários, “é chegado o momento de dar um passo fundamental em relação à atuação do Grupo BID com o setor privado”.

Atualmente, essas atividades estão divididas entre quatro janelas: o Departamento de Financiamento Estruturado e Corporativo (SCF, na sigla em inglês); a Corporação Interamericana de Investimentos (CII); o Fundo Multilateral de Investimentos (FUMIN) e Oportunidades para a Maioria (OMJ, na sigla em inglês).

O SCF é responsável pelas operações sem garantia soberana do BID; a CII se especializa nas pequenas e médias empresas, o FUMIN se enfoca principalmente nas microempresas e a OMJ apoia projetos para a base da pirâmide socioeconômica.

Durante as sessões os governadores revisaram o desempenho do BID em 2013. O Banco aprovou 168 operações totalizando US$ 13,9 bilhões, enquanto a Corporação aprovou 71 operações num total de US$ 415 milhões.

Relatório Macroeconômico 2014

Durante a reunião anual, o BID apresentou seu relatório macroeconômico para 2014, intitulado A Recuperação Global e a Normalização Monetária: Como Evitar uma Crônica Anunciada?

Segundo o relatório, há consenso entre os analistas de que América Latina e Caribe registrariam taxas de crescimento econômico de 3 por cento este ano e de 3,3 por cento em 2015, ajudadas pela recuperação dos Estados Unidos e Europa. 

Graças ao desenvolvimento de suas instituições e políticas públicas, os países da região estão hoje em melhores condições tanto para tirar proveito de uma recuperação da economia global como para reagir de maneira eficaz diante de eventuais choques externos, segundo o relatório.

Seminários e atividades

Uma série de seminários sobre temas chave para o desenvolvimento da América Latina e Caribe, como as prioridades dos cidadãos em matéria de infraestrutura urbana, a integração das PMEs no comércio internacional, o auge da “economia da mulher”, as parcerias público-privadas em saúde e educação, a redução do consumo de energia e os investimentos de impacto. 

O BID convidou um grupo de jovens inovadores a participar da reunião anual. Os jovens, de nove países da região, tiveram a oportunidade de participar de diversos eventos e de conversar com autoridades governamentais e do Banco. 

Também foi anunciado o ingresso do Canadá à Corporação Interamericana de Investimentos (CII), além da doação de US$ 10 milhões do governo canadense para o Fundo de Transparência do BID, que financia cooperação técnica a países interessados em melhorar seus sistemas de prestação de contas.

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