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Com apoio do BID, BB se qualifica para mercado de títulos sustentáveis

Março 2021 - O Banco do Brasil anunciou a conclusão dos preparativos para ingressar no mercado de títulos de dívida sustentáveis (sustainable bonds) e contou, para isso, com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O objetivo é buscar a sinergia entre a experiência do BB no financiamento da sustentabilidade e o crescente apetite internacional e nacional por investimentos que, além de retorno financeiro, gerem benefícios sociais e ambientais.

Uma das etapas prévias ao lançamento dos títulos, a elaboração de um framework, já foi concluída. O documento norteia a emissão desse tipo de papel, e dá diretrizes sobre quais tipos de ativos podem ser classificados como sustentáveis, alinhando-os aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. 

Entre os destaques do Framework de Finanças Sustentáveis do BB está a inclusão – ainda pouco vista nacional e globalmente – de operações de agricultura de baixa emissão de carbono. Estão também contemplados outros elementos mais comuns nesse mercado, como o aspecto social, acessibilidade, saúde, apoio a micro e pequenas empresas, microcrédito, agricultura familiar e energia renovável.

A construção do documento contou com a assistência do BID e com o apoio da empresa Sitawi Finanças do Bem. Ainda, a versão final foi submetida à avaliação de segunda opinião (second-party opinion) da Sustainalytics, com parecer favorável. 

Diversificação

Internamente, o Banco do Brasil também aprovou um Modelo de Finanças Sustentáveis que inclui as emissões de Sustainability-Linked Loans (SLL) e Sustainability-Linked Bonds (SLB).

Esses formatos de dívida vinculam o custo financeiro da transação ao desempenho de indicadores ASG (ambientais, sociais e de governança) pré-estabelecidos pelo tomador, tais como a evolução na agenda de carbono zero, o aumento da diversidade em comitês e a redução da exposição em carteiras de crédito intensivas em carbono.

A emissão dos títulos poderá ocorrer ao longo de 2021, em data a ser definida conforme as necessidades do BB e o momento do mercado, nas modalidades de refinanciamento de carteira de crédito e ou financiamento de novos projetos. 

O vice-presidente de Agronegócios e Governo do BB, João Rabelo, destaca que o BB já tem uma forte atuação em sustentabilidade, mas que irá intensificar sua atuação, para seguir como protagonista desta agenda. “Lançamos recentemente 10 compromissos de longo prazo, para que possamos, ainda mais, auxiliar clientes e investidores na transição para um portfólio mais sustentável, com externalidades socioambientais positivas. 
 
O Diretor de Finanças do BB, Maurício Nogueira, avalia que a iniciativa amplia as alternativas de captação de recursos disponíveis no mercado de capitais. “A nova estrutura também favorece o acesso a investidores com mandatos relacionados à sustentabilidade, contribui para a gestão dos riscos climáticos, para o melhor compliance regulatório, além de beneficiar uma melhor performance financeira e retorno aos acionistas e à sociedade”, diz Nogueira. 

Para o Banco Interamericano de Desenvolvimento, é muito estratégico ajudar o BB a aproveitar essa tendência, afirma Morgan Doyle, representante do BID no Brasil.

“Cada vez mais o investidor quer saber se seu dinheiro está contribuindo para melhorar o planeta, e vários ativos brasileiros, incluindo aqueles relacionados ao agronegócio, contribuem com esse propósito. Ao ingressar no mercado de títulos temáticos, o Banco do Brasil traduz essa consciência em recursos para projetos com benefícios relevantes para o país”.

Morgan Doyle, representante do Grupo BID no Brasil.

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Borges De Padua Goulart,Janaina

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Bruno Aragaki

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