O Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, e Governador do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Paulo Bernardo, anunciou hoje o apoio oficial do Brasil à reeleição do atual presidente da instituição, o colombiano Luis Alberto Moreno.
O anúncio aconteceu em uma entrevista coletiva durante a VI Cúpula de Chefes de Estado do Governo da União Europeia, da América Latina e do Caribe, que está sendo realizada em Madri, Espanha.
Bernardo disse que o BID apresentou uma rápida resposta à Região no período da crise financeira internacional, assim com ofereceu amplo apoio ao Haiti em parceria com o Brasil, para a reconstrução do País.
“Para dar andamento às ações do BID na Região, anuncio em nome do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o apoio do Brasil à continuidade da gestão do presidente Luis Alberto Moreno”, disse.
O BID e o Brasil
O BID mantém uma parceria histórica com o País começando pela criação do organismo. Idealizado há 50 anos pelo Presidente Juscelino Kubitschek que buscava promover o desenvolvimento e a integração regional, o Banco é hoje a principal instituição multilateral da América Latina e Caribe, e continua sendo grande parceiro do Brasil, que é historicamente o principal tomador de recursos do BID.
Seguindo décadas de transformações, o Banco procurou se adaptar às necessidades da Região, provendo ferramentas financeiras e conhecimento para apoiar o desenvolvimento dos países da América Latina e Caribe.
No Brasil, seguindo o constante fortalecimento do regime federativo e a pioneira incorporação dos entes subnacionais com capacidade fiscal e autonomia na captação de recursos internacionais, o Banco tem atuado cada vez mais junto a Estados e Municípios, tanto por meio de iniciativas diretas quanto por programas “guarda-chuva” que atendem a necessidades específicas.
É o caso do Prodetur Nordeste e o Prodetur Nacional, para a promoção do turismo; o PROFISCO, para o fortalecimento da gestão fiscal dos Estados; e o PROCIDADES, para a promoção do desenvolvimento urbano integrado, entre outros.
Para Moreno esta parceria “busca atender e respeitar as particularidades não apenas do País, mas de seus entes federativos de forma individual, permitindo ao Banco prestar um atendimento personalizado diante das necessidades locais”, disse.
Em 2009, a carteira de operações em execução no Brasil alcançou o montante inédito de US$ 7,6 bilhões distribuídos em 74 operações para o Setor Público e 21 ao Setor Privado. Do total de operações, 61% estão direcionadas a Estados e Municípios.
Atualmente, em um País que se prepara para sediar dois eventos esportivos mundiais: a Copa 2014 e as Olimpíadas 2016, o Banco tem buscado apoiar diretamente as cidades sede com programas de desenvolvimento urbano integrado, cooperações técnicas para realização de estudos e apoio financeiro.
Durante a última década o Banco aplicou nas cidades sede da Copa o montante de US$ 3,9 bilhões. Atualmente estão em execução outros US$ 2,2 bilhões e em preparação, operações que passam de US$ 1,7 bilhão.
Esta sólida parceria pode se intensificar no contexto atual. De um lado o Brasil em uma situação de crescimento sustentável, com oportunidades crescentes e protagonismo global; e de outro o Banco segue capitalizado, reestruturado e sintonizado às novas demandas derivadas das mudanças globais.
Para Moreno o BID deve seguir a estreita parceria com o Brasil buscando constantemente a promoção da integração regional. “Temos os recursos, os instrumentos e a sinergia entre as estratégias de atuação do Banco e a do País para promover a integração da Região da América Latina e Caribe”, disse.