Em dois anos, Política de Gênero do BID faz avanços em investimentos diretos em igualdade de gênero, assim como em outros projetos do Banco
O presidente do BID, Luis Alberto Moreno, fez um balanço da Política Operacional sobre a Igualdade de Gênero no Desenvolvimento, depois de dois anos de implementação. Neste período, o Banco triplicou o volume de empréstimos para governos com indicadores de gênero, para chegar a 31% do total de empréstimos do Banco em 2012. No período 2006-2010, apenas 9% dos empréstimos incorporam esses indicadores.
Parte desse crescimento se deve à incorporação de indicadores de gênero em projetos em setores como o comércio, infraestrutura, gestão fiscal e municipal, que anteriormente não incluíam esta perspectiva. Em 2010, apenas 6% dos projetos desses setores levaram em conta indicadores de gênero em suas operações, em comparação com 20% em 2012. Enquanto isso, mais da metade (54%) dos projetos sociais do BID já incorporam indicadores de gênero em seus projetos, um aumento de mais de o dobro em relação a 2010.
Além de incorporar indicadores de gênero em todas as suas operações, o Banco aumentou seus empréstimos e subvenções destinadas a projetos especificamente relacionadas com a igualdade de gênero. Um dos principais projetos é o Cidade Mulher, que foi criado quatro centros de capacitação para mulheres em El Salvador e prevê a construção de mais dois centros nos próximos meses, e assim o programa beyondBanking, é uma janela para o setor privado do BID para fornecer até US $ 50 milhões em linhas de crédito para pequenas e médias empresas lideradas por mulheres.
O BID é a primeira instituição multilateral financeira que incorpora a perspectiva de gênero em suas garantias processuais, introduzindo mecanismos para assegurar que as operações do Banco não tem um impacto negativo sobre a igualdade de gênero.
Olhando para o futuro, o presidente Moreno salientou que estes dois anos de implementação da Política tem servido para identificar as boas práticas e melhorar os projetos do Banco. "Nós sabemos que temos um alcance notável, mas que não nos satisfaz. Há ainda um longo caminho a percorrer”, disse o presidente ao observar que, nos próximos anos, o BID trabalhará para melhorar ainda mais esses indicadores.