Alinhamento ajudará 26 países membros mutuários a cumprir seus próprios compromissos de combate à mudança climática

Glasgow – O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou hoje que todos os seus empréstimos e projetos serão totalmente alinhados com o Acordo do Clima de Paris até 2023. A medida vai ajudar os países de toda a América Latina e Caribe a enfrentarem a mudança climática ao mesmo tempo em que ajudará populações vulneráveis ao buscar uma recuperação sustentável para todos.

O anúncio acontece no momento em que líderes mundiais se reúnem na COP26, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, para buscar maneiras de desacelerar o aquecimento global e cumprir as metas climáticas estabelecidas na cúpula anterior em Paris.

O alinhamento requer que o trabalho do Grupo BID seja consistente com as metas de desenvolvimento resiliente ao clima e de emissões líquidas zero dos países. Também deve ser compatível com o objetivo de longo prazo de descarbonização do Acordo de Paris.

“Também estamos ultrapassando os objetivos do Acordo de Paris para ajudar a enfrentar este desafio verdadeiramente global. Sabemos que se priorizarmos investimentos inteligentes hoje, a pedra angular de nossa luta global contra a mudança climática pode reforçar mutuamente nossos esforços de recuperação da pandemia e podemos acelerar nossas respostas”, disse o Presidente do BID, Mauricio Claver-Carone. “Alinhar nosso trabalho com os objetivos do Acordo de Paris reforça nosso compromisso de limitar o aumento da temperatura para bem abaixo de 2° Celsius e construir resiliência climática. Mas só isso não é suficiente.”

Além disso, o BID anunciou outra meta climática ambiciosa de proporcionar US$ 24 bilhões para financiamento climático e verde durante os próximos quatro anos. O financiamento verde vai além do clima, e inclui natureza, biodiversidade, poluição e outros temas ambientais. O financiamento verde vai além do clima, e inclui natureza, biodiversidade, poluição e outros temas ambientais.

A meta de financiamento verde se baseia no histórico do Grupo BID de apoio a projetos para restaurar e preservar o capital natural, reduzir a poluição, melhorar a gestão de resíduos e promover a economia circular.

O BID reconhece o papel vital da natureza na mitigação e resiliência climáticas e para as economias e meios de subsistências. Por isso, entre 2015 e 2020, o BID investiu em 28 projetos com componentes de soluções baseadas na natureza, com um financiamento total de US$ 815 milhões. Esses projetos alavancaram US$ 437 milhões adicionais em financiamento de parceiros, chegando a um total de quase US$ 1,25 bilhão.

“Estamos expandindo nosso financiamento, melhorando nossa estrutura interna para priorizar a ação climática, e aumentando nossos compromissos e parcerias externas”, disse Claver-Carone. “Nosso papel, como o principal banco de desenvolvimento da região, é ajudar nossos 26 países membros mutuários a mitigar e se adaptar aos riscos climáticos. Estamos prontos para ajudar a aproveitar uma oportunidade sem precedentes de alcançarmos um futuro descarbonizado e resiliente ao clima na região.”

Combater a mudança climática é um pilar fundamental da Visão 2025, o plano do BID para impulsionar o crescimento e a recuperação sustentável na região. A avaliação do alinhamento do Grupo BID será essencial para evitar atividades que possam dificultar a transição para emissões líquidas zero. O alinhamento das operações também melhorará a gestão da exposição financeira relacionada ao clima nas carteiras do Grupo BID. Além do esforço de alinhamento, o BID assume o compromisso de avaliar o risco climático e de desastres em 100% de suas operações de risco alto e moderado até 2023.

O anúncio de hoje se soma ao trabalho em curso do BID de ajudar a integrar financiamento e considerações climáticas às agendas e políticas dos países membros mutuários. Até o final de 2021, pelo menos 75% dos países membros do Banco na região terão apresentado suas Contribuições Nacionalmente Determinadas atualizadas, em muitos casos com o apoio do BID.