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Bid lança iniciativas múltiplas para aumentar sua eficácia

 

O Banco Interamericano de Desenvolvimento lançou novas iniciativas múltiplas em 2004 para expandir suas operações financeiras na América Latina e no Caribe, disse o Banco em seu  Relatório Anual 2004.

 

“O BID tem à frente desafios complexos mas instigantes”, disse o presidente do BID Enrique V. Iglesias. “Em particular, deverá operar com mais flexibilidade e eficácia em fornecer serviços financeiros e não financeiros, melhorar a eficiência e a transparência de suas atividades e responder às necessidades específicas de cada país mutuário.”

 

Os empréstimos do Banco à região totalizaram US$6 bilhões em 2004, em comparação com US$6,8 bilhões em 2003. Os desembolsos totalizaram US$4,2 bilhões. O Banco aprovou 340 projetos de cooperação técnica num total de US$56,7 milhões.

 

Nos últimos 11 anos, o BID foi a principal fonte de financiamento multilateral para o desenvolvimento na região, especialmente para os países menores e mais vulneráveis.

 

O co-financiamento por emprestadores e doadores internacionais de projetos financiados pelo BID mais do que dobrou, totalizando US$3,1 bilhões.

 

Dos empréstimos de investimento, 42%, num total de US$1,55 bilhão, visaram a redução da pobreza, e 24 empréstimos, num total de US$883,9 milhões, foram dedicados à modernização do Estado.

 

O BID alinhou muitos de seus programas de investimento social e assistência técnica com as estratégias e os planos nacionais destinados a alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, um conjunto de metas de melhoramento humano estabelecido pelas Nações Unidas para 2005.

 

O Banco proporcionou US$82 milhões em alívio da dívida para Bolívia, Guiana e Nicarágua no quadro da Iniciativa para os Países Pobres Altamente Endividados (HIPC).

 

Instrumentos novos e mais flexíveis

 

Em 2004, o Banco lançou um vigoroso programa de iniciativas para tornar suas operações em conjunto com os governos dos países mutuários mais flexíveis e efetivas.

 

Entre as principais iniciativas destacam-se:

 

  • Aprovação de linhas de crédito que são desembolsadas com base em resultados econômicos e sociais concretos. A Nicarágua, por exemplo, recebeu o primeiro empréstimo desse tipo de US$30 milhões para saúde materno-infantil.

  • Aprovação de um sistema integral de apoio para setores ou programas econômicos e sociais, juntando recursos do Banco com o de outras organizações ou governos. O BID aprovou um empréstimo de US$1 bilhão para o programa Bolsa Família do Brasil.

  • Adoção de maior flexibilidade quanto ao financiamento de contrapartida e o tipo de custos financiados por projetos.

  • Adoção de um programa de US$400 milhões de Facilitação do Financiamento de Comércio Regional que fproporciona garantias de crédito para apoiar transações de crédito de curto prazo para exportadores e importadores privados.

 

Emissão de títulos e garantias em moedas locais

 

Com uma política inovadora, o Banco inaugurou a emissão de títulos na moeda de países membros mutuários. Ao mesmo tempo, o Banco começou a aprovação de garantias em moeda local para apoiar governos e o setor privado e está estudando empréstimos em moeda local.

 

Foram emitidos títulos em reais brasileiros e pesos mexicanos e colombianos. A primeira operação de garantias parciais para o setor privado em pesos foi realizada no México por US$75 milhões.

 

Esse tipo de operação representou um salto qualitativo de grande importância na cooperação do Banco com seus países membros para o desenvolvimento e fortalecimento de mercados de capital locais.

 

Abertura para a Ásia

 

Durante o ano, negociações culminaram com a entrada da República da Coréia como membro do Banco. A Reunião Anual em Okinawa abrirá novas avenidas de comunicação com os países da Ásia tanto no setor público quanto privado.

 

Coordenação de atividades do setor privado

 

Foi criada a posição de Coordenador do Setor Privado para estabelecer maior sinergia entre as diferentes partes do Grupo do BID que colaboram com o setor privado: o Departamento do Setor Privado do Banco, a Corporação Interamericana de Investimentos (CII) e o Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin).

 

Reposição de recursos do Fumin

 

As negociações para reposição de capital do Fundo Multilateral de Investimentos no valor de US$500 milhões serão bem sucedidas. Este fundo tornou-se o mais importante instrumento do Banco para promover novas iniciativas nas áreas de modernização do Estado e desenvolvimento do setor privado, especialmente micro e pequenas empresas. No final de 2004, o Fumin tinha aprovado um total líquido de US$924 milhões para 667 projetos. Quando se levam em conta os recursos de contrapartida, o Fumin mobilizou US$1,8 bilhão para a região.

 

Eficiência interna

 

Além de se tornar mais flexível e adotar novas políticas,  o Banco continua a melhorar sua gestão e os sistemas de aquisições, aumentando ao mesmo tempo a comunicação com o público, ao publicar mais documentos na Internet.

 

América Latina cresce

 

O Relatório Anual   refere-se à  taxa de crescimento favorável de 5,5% para a América Latina e o Caribe durante 2004,  que representa omelhor resultado em dez anos para Argentina, Brasil, Equador, Uruguai e Venezuela. Segundo o relatório, condições de comércio internacional favoráveis e gestão fiscal prudente contribuíram para o desempenho positivo, mas alerta para os desafios que precisam ser superados para manter a mudança.

 

“Os cinco anos de crescimento lento na América Latina antes de 2004 deixaram uma cicatriz no clima social que a recuperação recente não sanou”, diz o relatório. “A recuperação que começou de modo tão auspicioso precisa traduzir-se rapidamente em melhores padrões de vida para os segmentos mais vulneráveis da população na América Latina e no Caribe para que a região alcance progresso sustentável no alívio à pobreza e   na melhora da eqüidade social.”

 

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