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BID investirá US$ 1,8 bilhão anualmente em projetos de integração para a América Central, América do Sul e Caribe

SAN SALVADOR, El Salvador – O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, anunciou hoje que, dentro do arcabouço do aumento de capital do Banco, destinará cerca de US$ 1,8 bilhão por ano para projetos de integração nas Américas Central, do Sul e Caribe.

Moreno fez o anúncio durante a Reunião Especial de Chefes de Estado e de Governo dos países membros do Sistema de Integração Econômica da América Central (SICA), realizada hoje na capital salvadorenha.

A Conferência foi aberta pelo presidente da República de El Salvador, Mauricio Funes, e contou com os presidentes da Guatemala, Costa Rica, Panamá, Honduras, o vice primeiro-ministro de Belize e o vice-presidente da República Dominicana. "Sem o empenho desses presidentes, qualquer iniciativa de relançar a integração da América Central teria pouco futuro", disse Moreno. "Então, hoje nós celebramos sua determinação e visão. Uma integração melhor e mais profunda dos países da América Central é essencial para apoiar a recuperação econômica, competir globalmente, criar empregos e oportunidades de progresso e, finalmente, equidade e redução da pobreza."

A reunião foi realizada num momento em que a América Central deixa a crise e econômica para trás e explora maneiras de estender seu alcance à economia global e os mercados emergentes da Ásia, em particular. A região também está bem posicionada para tirar proveito de acordos comerciais como o CAFTA e o Acordo de Associação com a União Europeia, cujas negociações foram concluídas recentemente.

Os especialistas do BID destacam que a América Central é a mais integrada região em desenvolvimento. Os níveis de comércio recíproco na América Central estão entre os mais altos do mundo e a liberalização do comércio está bastante avançada, com uma tarifa externa comum harmonizada que já se aplica a 95 por cento de todo o comércio.

A integração energética regional é um dos avanços mais significativos que os países da América Central têm feito com o apoio do BID. O Sistema de Interligação Elétrica da América Central (SIEPAC), que consiste de uma linha de transmissão de eletricidade de 1.800 quilômetros e da criação de um Mercado Regional de Eletricidade, foram financiados com US$ 500 milhões do BID. O projeto já está 93 por cento concluído. "Agora o que precisamos é de vontade política para aprovar a estrutura regulatória que vai estimular o investimento em projetos de geração de energia com escala regional, que pode reduzir o custo da eletricidade para todos os centro-americanos", disse Moreno.

"Os presidentes da América Central propõem uma agenda moderna de integração. Temos a oportunidade para realçar o efeito integrador do comércio promovendo a geração dos Bens Públicos Regionais, em áreas de integração econômica, integração física e cooperação regional sobre questões fundamentais para a América Central, como a segurança e as mudanças do clima", disse Antoni Estevadeordal, gerente dos setores de integração e comércio do BID.

O BID é um parceiro histórico de integração da América Central. Durante a última década, o Banco tem sido a principal fonte de financiamento para a integração regional na América Central, mobilizando mais de US$ 1,5 bilhão em empréstimos de investimento e outros US$ 50 milhões não-reembolsáveis em cooperação técnica. Este montante é equivalente a 13 por cento da carteira total do Banco na América Central, que totaliza US$ 11 bilhões. Os recursos foram alocados para a integração nos setores de transporte (US$ 720 milhões), energia (US$ 725 milhões), e meio ambiente (mais de US$ 10 milhões).

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