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BID: A integração comercial é fundamental para o futuro da América Latina e do Caribe

A integração comercial é um fator determinante para o crescimento de longo prazo e para a redução da pobreza em todos os países da região, afirmou o presidente do BID, Luis Alberto Moreno, durante a sessão inaugural da reunião de avaliação global da Ajuda para o Comércio (AFT em sua sigla em inglês), realizada nos dias 20 e 21 de novembro em Genebra, na Suíça.

O objetivo da Iniciativa de Ajuda para o Comércio, lançada em dezembro de 2005 na Conferência Ministerial da Organização Mundial do Trabalho (OMC) em Hong Kong, é ajudar os países em desenvolvimento a fortalecer sua capacidade de oferta e desenvolver a infra-estrutura necessária para tirar proveito da liberalização do comércio e aumentar sua participação no sistema de comércio mundial.

"O desafio é criar a capacidade e a infra-estrutura de que os países necessitam para conectar-se à dinâmica economia global atual e beneficiar-se com ela", disse Moreno. "Para ter êxito na economia global integrada de hoje é preciso competitividade sistêmica, políticas coerentes e amplo apoio público."

Durante o evento desta semana, "Mobilização da Ajuda para o Comérci Uma Avaliação Global", os participantes discutirão os resultados de três conferências regionais realizadas este ano no âmbito da Iniciativa AFT. A primeira conferência regional, ocorrida em meados de setembro em Lima, no Peru, focalizou a América Latina e o Caribe e foi conduzida pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento. As outras duas, em final de setembro e em outubro, focalizaram a Ásia e a África e foram organizadas, respectivamente, pelo Banco Asiático de Desenvolvimento e pelo Banco Africano de Desenvolvimento.

De acordo com o presidente Moreno, o evento em Lima foi uma oportunidade única que, pela primeira vez, reuniu ministros de comércio e finanças, doadores bilaterais, agências regionais e multilaterais e representantes do setor privado para discutir como desenvolver a capacidade e a infra-estrutura de que os países da América Latina e do Caribe necessitam para participar com proveito da dinâmica economia global de nossos tempos. A reunião ajudou a deslocar o foco da iniciativa de ajuda ao comércio do debate de políticas para a sua implementação.

"A globalização está mudando a dinâmica do desenvolvimento, criando novas oportunidades para os países utilizarem o comércio para o crescimento e para a redução da pobreza, mas, ao mesmo tempo, cria também novas pressões para o fortalecimento da competitividade e para uma ‘conexão’ mais eficaz com os mercados globais", disse Moreno. "Essas mudanças são particularmente relevantes para os países da América Latina e do Caribe, a maioria dos quais é fortemente dependente do comércio e adota estratégias econômicas que dependem cada vez mais do crescimento das exportações."

Outros participantes de alto nível do evento desta semana incluem Pascal Lamy, diretor geral da OMC; Ángel Gurría, secretário geral da OCDE; Robert Zoellick, presidente do Banco Mundial; Dominique Strauss-Kahn, diretor-gerente do FMI; Kemal Dervis, administrador do PNUD; Donald Kaberuka, presidente do Banco Africano de Desenvolvimento; Rajat Nag, diretor-gerente do Banco Asiático de Desenvolvimento.

Como parte da reunião, o BID e a OMC apresentaram as recomendações derivadas da reunião regional realizada em Lima. Entre essas recomendações, o BID e a OMC propõem a atualização dos planos de ação e implementação nacionais e regionais para abordar as prioridades-chave, com base nas avaliações de necessidades já existentes; o estabelecimento de uma Rede de AFT na América Latina e no Caribe, liderada pelo BID e pela OMC, para ajudar os países e sub-regiões a identificar essas prioridades, em colaboração com organizações regionais; e a exploração de financiamentos para projetos prioritários, incluindo instrumentos financeiros regionais específicos.

Serão definidos um plano e um cronograma para alcançar esses objetivos. Esse plano incluirá uma conferência regional de avaliação a ser realizada na América Latina no próximo ano.

A avaliação global será encerrada em 21 de novembro, quando o Conselho Geral da OMC realiza o seu primeiro debate anual sobre a Ajuda para o Comércio. Essa reunião dará aos membros da OMC uma oportunidade para discutir os resultados do processo de monitoração conduzido pelo órgão e proporcionará orientação política quanto às direções futuras da iniciativa.

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