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BID e Fundação ALAS anunciam vencedores de prêmio para o desenvolvimento infantil

ONG brasileira Saúde Criança é premiada por método inovador em cuidados com a saúde

Uma professora mexicana, um livro ilustrado sobre uma criança com autismo, um centro para crianças com HIV/AIDS,e uma organização brasileira dedicada a melhorar a saúde de crianças de famílias pobres ganharam prêmios do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Fundação ALAS por seus resultados para o desenvolvimento da primeira infância.

A mexicana Martha Ivette Rivera Alanis foi premiada como melhor educadora; o livro “Antonia”, da autora colombiana Paula Mejía e da ilustradora argentina Maria Paula Dufour ganhou o prêmio de melhor publicação; a fundação colombiana Fundamor obteve o prêmio de melhor centro de atenção; e a organização brasileira Saúde Criança, no Rio de Janeiro, ganhou o prêmio pela melhor inovação na área.

Os prêmios serão entregues pela fundadora da ALAS, a artista colombiana Shakira, o presidente da fundação, Alejandro Santo Domingo, e o presidente do BID, Luis Alberto Moreno, em uma cerimônia no dia 12 de abril, das 18h30 às 19h00, no auditório Napoleão da Rosa da Universidade Tecnológica de Bolívar de Cartagena das Índias, na Colômbia.

O concurso, primeiro da sua categoria na América Latina e Caribe, recebeu mais de 700 propostas em toda a região. Os participantes foram avaliados por um painel de especialistas. Os prêmios incluem kits educativos, capacitação para os professores em educação infantil nos Estados Unidos, computadores, consoles de vídeo-game e televisores.

"O sucesso no concurso ALAS BID é a resposta sensata a um compromisso que não tem fronteiras. Este projeto é o resultado de esforços conjuntos e um incentivo para garantir ações reais e resultados", disse Shakira.

Representantes da Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Honduras, Paraguai e Peru receberam menções honrosas.

 CONFIRA OS VENCEDORES

Melhor Inovação: Saúde Criança. Esta ONG brasileira criou um método inovador de atenção à saúde que implica que não se trata a doença somente no hospital, mas no entorno do paciente. Sua metodologia atente tanto as patologias, como as dimensões sociais e psicológicas das pessoas. A ONG entrega programas desenhados para cada família, especialmente meninos e meninas, para poder abordar o tema da saúde de forma integral, ajudando a superar os quadros de pobreza e doença que afligem às famílias vulneráveis em cidades de seis estados do Brasil.

Melhor Educador: Martha Ivette Rivera Alanis. A professora mexicana tem 13 anos dedicados ao ensino de crianças de cinco a seis anos na escola pública pré-escolar, em Alfonso Reyes Monterey. Começou a docência com um grupo de crianças com deficiência e desde então tem acreditado que a educação na primeira infância ajuda a formar cidadãos pacíficos. Martha foi reconhecida mundialmente por sua coragem, quando em maio do ano passado, ela cantava para acalmar alunos durante um tiroteio perto da escola. Com a canção, Martha conseguiu que as crianças se deitassem no chão, resguardando-os do tiroteio. Um dos seus métodos de ensino consiste em ficar ao nível das crianças para entender o mundo desde seu ponto de vista.

Melhor Publicação: "Antonia", da autora colombiana Paula Mejia e a ilustradora argentina Maria Paula Dufour, conta a história de uma criança autista. O objetivo da publicação é informar a pais, professores e crianças sobre a doença de uma forma simples e divertida. Partindo da ideia de que o autismo é uma vulnerabilidade psico-social pouco abordada e geralmente, não tratada no sistema educacional, a publicação vai acompanhada de ilustrações coloridas e chamativas para as crianças com perguntas úteis que servem como um guia para os adultos. Ganhou o prêmio por abordar um tema complexo de maneira nova, tornando-o acessível para pessoas de distintas idades.

Melhor Centro: Fundação Dar Amor. Fundamor trabalha com atenção e proteção a meninos e meninas com HIV/AIDS, que além de serem vulneráveis, sofrem discriminação. Este centro, com sede na cidade colombiana de Cali, criado originalmente como um hospício para doentes terminais adultos, passou a trabalhar com crianças quando passaram a acolher bebês abandonados em suas portas. Fundamor tem como foco o cuidado integral das crianças e adolescente, atendendo às suas necessidades de saúde, nutrição, educação, moradia e recreação, garantindo seu bem-estar e tratando-os com a dignidade que merecem.

MENÇÕES HONROSAS

Melhor Educador: Celeste Acevedo Pinazza do Paraguai; Doris Elena Montoya Cerratide do Peru, e Judith de la Ossa da Colômbia.

Melhor Publicação: "Então diga-me os meus avós" do Equador, escrita por Maria Fernanda Ortega e ilustrada por Diego Aldoz, Darío Guerrero, D. Vera Primavera (Messklan), Isadora Siammes e Jaime Villarro. "Catalina e Agostinho sabem se cuidar" do Peru, escrita por Yllari Briceño e Cecilia Miranda (Associação de Solidariedade de Países Emergentes) e ilustrada e desenhada por Nilton Olivera e Maritza Correa) e "Isapí, a donzela que não podia chorar” do Peru, escrita por Milagros Castillo Fuerman e ilustrada por Luis Caycho e Salamandra Eirl.

Melhor Centro: Jardim Infantil Golondrinado Chile, Centro de Atenção Integral Rayito de Sol e Centro Educativo Complementario Nº 801, da Argentina.

Melhor Inovação: programa Wawa Wasi de atenção e inclusão intgral para a infância com deficiência do Peru, Centros de Cuidado Infantil Rurais da Argentina e “Madres Guías”, de Honduras. 

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