A parceria impulsionará a inovação e abrirá caminho para oportunidades em toda a América Latina e no Caribe

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial anunciaram hoje uma parceria inovadora de quatro anos para gerar resultados mais sólidos para as pessoas na América Latina e no Caribe.

O presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, e o presidente do BID, Ilan Goldfajn, assinaram um memorando de entendimento que aumentará o apoio aos esforços de desmatamento líquido zero na Amazônia, fortalecerá a resiliência do Caribe a desastres naturais e impulsionará o acesso a tecnologias digitais em toda a América Latina e no Caribe.

Além disso, a MIGA, braço do Banco Mundial de seguros contra riscos políticos, e o BID Invest, o braço do setor privado do Grupo BID, passarão a colaborar para mitigar o risco político na região. As duas agências trabalharão em conjunto com a IFC, braço do Banco Mundial para o setor privado, para atrair mais investimento privado para a região.

"A reforma dos bancos multilaterais é uma oportunidade para aumentar o impacto do desenvolvimento. Essa parceria com o Banco Mundial é um marco fundamental", disse o presidente do BID, Ilan Goldfajn. "Juntos, estamos avançando com uma visão compartilhada, passando pelas áreas de bioeconomias sustentáveis na região amazônica, o apoio à resiliência do Caribe e a superação das divisões digitais, reduzindo as lacunas de acesso, inclusive na educação. Nosso compromisso conjunto é uma prova do poder da inovação colaborativa para a América Latina e o Caribe".

"Nossos desafios globais exigem um novo manual para o Banco Mundial que promoverá o desenvolvimento de maneira impactante. Essa missão exige que reimaginemos as parcerias com o setor privado, a sociedade civil e outras instituições multilaterais. O Banco Mundial pode e deve desempenhar um papel central para coordenar ações globais, trabalhando de forma colaborativa - e não em competição - para gerar impacto e mudanças significativas. Essa parceria e plano de trabalho entre o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento é essa ambição em ação", disse o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga.

Em junho, Banga e Goldfajn visitaram juntos a região ― a primeira viagem desse gênero ― e enfatizaram a necessidade de ambas as instituições aprofundarem a colaboração para ajudar a combater a pobreza, criar empregos e enfrentar as alterações climáticas.

Na Amazônia, as organizações combinarão conhecimentos para apoiar os países na transição para um desmatamento líquido zero, ajudando as pessoas a buscar melhores meios de subsistência e, ao mesmo tempo, preservar o ecossistema – inclusive por meio de instrumentos financeiros inovadores.

No Caribe, o acordo resultará num maior apoio na gestão de desastres e choques climáticos e no desenvolvimento de mecanismos de proteção financeira para quando ocorrerem catástrofes.

As organizações também se comprometeram a agir em conjunto para promover o desenvolvimento digital na região. O plano de ação propõe que, por meio dessa colaboração, a infraestrutura digital e a conectividade possam ser efetivamente ampliadas para contribuir para acelerar o desenvolvimento socioeconômico.

Por meio da iniciativa Escolas Conectadas para Todos, o Banco Mundial e o BID desenvolverão planos para reduzir as desigualdades no acesso a tecnologias digitais na educação, garantindo que os jovens tenham as competências necessárias para a economia de amanhã. Um programa piloto inovador levará conectividade a áreas desfavorecidas da região, ajudando mais pessoas a ter acesso à Internet, impulsionando novas oportunidades.