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BID concederá empréstimos em Reais para o setor privado no Brasil

Inovação elimina o risco da variação cambial em operações de médio e longo prazo para as empresas

Costa do Sauipe – O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) poderá conceder empréstimos ao setor privado no Brasil em Reais, eliminando o risco cambial inerente às operações de crédito de médio e longo prazo e, com isso, melhorando as condições de acesso a seus recursos pelas empresas brasileiras.

A declaração foi dada pelo presidente do BID, Luis Alberto Moreno e pela Ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, durante a Reunião Anual de Governadores do BID, que acontece na Costa do Sauipe.

Segundo Moreno, essa possibilidade de crédito foi possível graças ao esforço do governo brasileiro. "Essa medida permite que o Banco tenha maior integração com o setor privado, cujos recursos em reais podem ser aplicados em projetos de infraestrutura, e também no financiamento de pequenas e médias empresas”, explicou. Além do Ministério do Planejamento, o Banco Central, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Ministério da Fazenda atuaram juntos para viabilizar o processo.

Miriam Belchior afirmou que o Brasil se sente honrado em ser o primeiro país membro do BID a oferecer este tipo de crédito. "Temos juntado público e privado, e nos parece que essa junção é fundamental para alavancar o investimento", afirmou a ministra.

Os recursos poderão ser aplicados junto a pequenas e médias empresas, assim como empresas que atuam junto à base da pirâmide. Considerando que o Banco pode prover financiamento de longo prazo, a mudança poderá trazer mais uma opção de financiamento para empresas que participam de Parcerias Público-Privadas (PPPs), cujos projetos tem em média 25 anos de duração.

Sobre o BID

O BID é a principal fonte de financiamento de longo prazo da América Latina e o Caribe. Fundado em 1959, o BID tem 48 países membros, dos quais 26 são membros mutuários da América Latina e Caribe. Atua junto a todos os portes de empresas, seja por meio de cooperações técnicas ou operações de empréstimo para programas estruturantes de desenvolvimento. O Departamento de Financiamento Estruturado e Corporativo (SCF) é responsável por todas as operações sem garantia soberana do BID para projetos de grande escala, assim como para aqueles projetos vinculados com empresas e instituições financeiras intermediárias.

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