Barbados ampliará o uso de fontes de energia renováveis e reduzirá sua dependência de combustíveis fósseis com assistência de um empréstimo de US$ 45 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento.
O programa ajudará Barbados a introduzir energias renováveis em sua matriz energética, melhorar sua eficiência energética, reduzir as emissões de gases de efeito estufa, promover medidas de adaptação à mudança climática e iniciativas de conservação de energia e diminuir sua exposição à volatilidade dos preços do petróleo.
Além disso, o empréstimo apoiará o fortalecimento institucional e campanhas públicas de informação e conscientização para promover iniciativas de energia sustentável e conservação de energia entre a população.
“O setor energético é uma das prioridades da estratégia do BID em Barbados e este novo projeto é parte de uma série de iniciativas de energia sustentável que o Banco está financiando para ajudar a reduzir as importações de petróleo, aumentar o uso de energias renováveis na matriz energética e promover o uso mais eficiente da energia”, disse o líder da equipe do projeto, Christiaan Gischler. “O BID já forneceu mais de US$ 3,5 milhões em recursos não-reembolsáveis para projetos de energia em Barbados nos últimos dois anos.”
O novo programa financiado pelo BID deve gerar um benefício líquido de US$ 284 milhões de economia em combustíveis e eletricidade nos próximos 20 anos e reduzir o custo cumulativo das importações de petróleo de US$ 2,65 bilhões para US$ 1,98 bilhão nesse mesmo período. O programa deverá ainda reduzir as emissões em mais de 4,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente.
A capacidade elétrica instalada de 239 Megawatts de Barbados é produzida basicamente por combustíveis fósseis importados. Mas o governo e o BID calculam que pelo menos 29% poderiam vir de fontes renováveis econômica e comercialmente viáveis, incluindo cogeração de biomassa (20 MW), sistemas de transformação de resíduos em energia (13,5 MW) e parques eólicos (10 MW ou mais).
“Painéis solares fotovoltaicos sem uso de baterias e conectados à rede de distribuição terão um papel importante”, disse Gischler . “Teremos pelo menos 1 MW de painéis solares instalados nos próximos dois anos. O Governo de Barbados e a equipe do projeto acreditam que os painéis fotovoltaicos podem seguir a tendência dos aquecedores de água solares, tão populares em Barbados que uma em cada três residências na ilha tem uma unidade instalada”.
Quanto à eficiência energética, o governo calcula que o uso difundido de lâmpadas fluorescentes compactas, monitores de consumo, motores e sistemas de ar condicionado mais eficientes, inversores de frequência variável e resfriadores eficientes poderia ajudar a poupar 19,4% do consumo total de eletricidade da ilha.
Como parte do programa, o governo também planeja promover o uso eficiente de combustíveis fósseis, incluindo maior uso de gás natural e mais eficiência e sustentabilidade no consumo de hidrocarbonetos. Além disso, os créditos resultantes da redução das emissões de gases de efeito estufa serão comercializados nos mercados internacionais de carbono a fim de gerar recursos extras para projetos de eficiência energética e redução do consumo de energia.
O empréstimo tem prazo de 20 anos, com período de carência de cinco anos e taxa de juros variável baseada na Libor. Espera-se que esta operação seja seguida por um segundo empréstimo de características similares.