A iniciativa de integração regional conhecida como Proyecto Mesoamérica está ganhando impulso. Ela foi um tema central na agenda da XI Cúpula de Tuxtla (uma reunião de cúpula anual dos chefes de Estado da região), que terminou hoje em Costa Rica. Na semana passada, noticiários focalizaram a proposta de uma estratégia de transporte multimodal para melhorar a competitividade da região. E, em junho, o BID anunciou a segunda fase do projeto Trânsito Internacional de Mercadorias, que implantará um sistema alfandegário unificado nas fronteiras de todos os países da América Central.
A iniciativa começou a avançar mais rápido em 2007, quando o Proyecto Mesoamérica foi criado como sucessor do Plan Puebla-Panamá e expandiu-se para incluir nove países membros (Belize, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua e Panamá). A ideia é centrar os esforços na integração regional nas áreas de transporte, energia, comunicações, saúde e prevenção de desastres naturais.
Uma das principais iniciativas do Proyecto Mesoamérica é a melhoria do Corredor do Pacífico, uma estrada de 3.200 quilômetros de extensão que vai do Panamá até a cidade de Puebla, no México, e é a principal ligação logística e de transporte para a integração e o comércio. Os planos de alargar e modernizar a rodovia e de aperfeiçoar a sinalização e a infraestrutura nos pontos de fronteira ao longo do Corredor do Pacífico exigirão investimentos de pelo menos US$ 1 bilhão. O projeto incluirá também medidas para aumentar a segurança e reduzir o tempo de trânsito pelo corredor e impulsionar a implantação do sistema de integração alfandegária que está sendo financiado pelo BID.
O Corredor do Pacífico é parte da Rede Internacional de Rodovias Mesoamericanas, constituído por mais de 12.600 quilômetros de estradas que cruzam uma ou mais fronteiras do México Central ao Panamá.
Outro componente crucial do Proyecto Mesoamérica é o Sistema de Interconexão Elétrica para os Países da América Central (SIEPAC), uma rede de 1.800 quilômetros de linhas de transmissão que se estende da Colômbia ao México e está quase pronta. O BID financiou 90% do SIEPAC, que começará a operar no primeiro trimestre de 2010. O restante foi financiado pelo Banco Centro-americano de Integração Econômica e pelo Governo da Espanha.