Pular para o conteúdo principal

A arte da vida cotidiana

Na região andina e nos vales e planícies da Bolívia, diferentes culturas produzem arte popular de grande beleza e extraordinária qualidade. A arte popular em países em desenvolvimento como a Bolívia faz parte da vida cotidiana. Objetos mais elaborados são utilizados em rituais, cerimônias de culto, festas e comemorações. A arte popular responde às crenças comuns e à imaginação coletiva.

Numa celebração da vida cotidiana, o Centro Cultural do BID apresenta uma exposição de arte popular da Bolívia. “A Presença Indígena na Arte Popular Boliviana” exibe mais de 50 objetos artísticos e utilitários que refletem a criatividade popular e a influência das tradições indígenas. Entre eles há peças têxteis, cestas, peças em madeira e prata e itens usados em festejos comunitários.

Boa parte da produção artesanal destina-se a atender necessidades cotidianas de bens utilitários, que estão com freqüência associados à atividade agrícola que predomina nas comunidades rurais.

Roupas e objetos artesanais, como os utilizados em danças como a diablada, desempenham um papel importante em cerimônias e festivais tradicionais nas comunidades rurais. Máscaras, trajes e instrumentos musicais são parte da vida das pessoas e apresentam sinais claros de sincretismo cultural, em particular com o cristianismo.

A arte popular boliviana é produzida tanto nas áreas urbanas como nas rurais e guarda fortes marcas indígenas. Muitas obras contemporâneas devem a sua forma atual a longos processos culturais que evoluíram durante séculos. Isto aproxima o mundo estético e simbólico de culturas do passado e do presente.

Para entender a arte popular produzida hoje é preciso situá-la em seu contexto cultural e acompanhar a sua evolução. Os objetos da arte popular são, em grande medida, manifestações dos processos culturais mais amplos de que eles se originam.

Com esta exposição, o Centro Cultural do BID presta homenagem ao povo indígena da Bolívia, destacando algumas das extraordinárias contribuições de suas tradições seculares, que vieram a definir o caráter da vida boliviana atual.

A exposição inclui peças têxteis contemporâneas das áreas de Macha, Maragua, Kallawaya, Chuquisaca, Cotagaita, Calamarca e norte de Potosí; trabalhos em madeira da região de Chiquitanía; objetos de prata religiosos e seculares de Potosí; e máscaras, adornos de cabeça e vestimentas de “La Diablada”, a dança tradicional dos festejos do Carnaval. Também é apresentada uma autêntica balsa de “totora”, característica das comunidades das terras altas em torno do lago Titicaca, que lá se encontram desde centenas de anos antes da chegada dos europeus. A função e a manufatura artesanal da embarcação permanecem inalteradas.

O Centro Cultural do BID une-se à celebração das Culturas Indígenas das Américas, saudando a próxima inauguração do Museu Nacional do Índio Americano da Smithsonian Institution. A exposição é parte do programa regular de exposições do Centro, que tem como objetivo trazer a Washington as expressões culturais mais notáveis dos países membros do BID de uma maneira que seja, ao mesmo tempo, educativa e destaque a importância da cultura no processo de desenvolvimento.


Informações adicionais

A exposição ficará aberta ao público na Galeria de Arte do Centro Cultural do Banco Interamericano de Desenvolvimento, em Washington, D.C., de 7 de setembro a 19 de novembro de 2004. Para informações adicionais sobre o Centro Cultural do BID, seus programas e visitas monitoradas, ligue para (202) 623-3774. Um catálogo colorido gratuito com reprodução de todas as obras da exposição estará disponível para o público. Se precisar de fotografias, ligue para (202) 623-1213.

A galeria de arte do Centro Cultural do BID está localizada em 1300 New York Avenue, N.W., Washington, D.C., e está aberta de segunda a sexta-feira, das 11 às 18 horas, com entrada gratuita. A estação de metrô mais próxima é Metro Center.

O material da exposição pertence às coleções de Antonio Viaña e da Fundação Cultural “Quipus” em La Paz, além de outros locais da Bolívia.

Jump back to top