Com R$ 15,4 milhões em investimentos, unidade que atende quase 10 mil pacientes por mês ganhará elevadores hospitalares, banheiros acessíveis e recuperará climatização e instalações elétricas
O governo do Amazonas anunciou que vai dar início à reforma do Pronto Socorro Dr. João Lúcio, um dos maiores hospitais públicos do estado, localizado em Manaus. Serão investidos R$ 15,4 milhões com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Os serviços terão como foco a acessibilidade, as instalações elétricas e a climatização – essencial para a saúde dos pacientes em uma cidade que registra temperatura elevada constante. As obras serão realizadas em etapas, para não interromper os atendimentos no hospital referência em politraumatismo e neurocirurgia. São cerca de 9,7 mil pacientes atendidos por mês.
As intervenções envolvem uma área total de 13,7 mil metros quadrados – quase dois campos de futebol – e incluem a restauração da cobertura do prédio e do forro, além de instalações de elevadores hospitalares, adaptados para macas; banheiros acessíveis para pessoas com mobilidade reduzida; grupos geradores de energia, que aumentarão de 4 para 24 horas a autonomia elétrica; subestação de energia; iluminação de LED e estação de tratamento de efluentes (ETE).
Em números: com as obras, hospital gastará 40% menos
Com sistema elétrico mais eficiente, o hospital projeta que reduzirá em 40% os custos com manutenção, uma economia importante diante da pandemia. A estimativa é de R$ 2,9 milhões poupados por ano, e todos os custos da obra e o cronograma poderão ser acompanhados por código QR Code (uma espécie de código de barras lido por celular), instalado nas placas das obras.
Além dos atendimentos de alta complexidade realizados, a unidade se destaca pelos números: são 2.000 funcionários, entre próprios e terceirizados, e 227 leitos.
“Iniciativas como esta, que permitam ao setor público brasileiro investir seus recursos com mais eficiência e transparência, serão cada vez mais cruciais não só agora, mas sobretudo no pós-pandemia”, diz Morgan Doyle, representante do BID no Brasil.
Áreas prioritárias para enfrentar a pandemia
Diante da pandemia, o BID autorizou o redirecionamento dos recursos de um empréstimo originalmente dirigido a ações socioambientais para iniciativas que sejam capazes de amenizar os efeitos da doença na saúde e na economia do Amazonas.
De acordo com a Seinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Região Metropolitana de Manaus), a reforma não afetará as outras obras em andamento no estado contratadas com o Banco, já que esses investimentos são feitos com sobras de recursos decorrentes da variação cambial da operação em execução.
Além da flexibilidade nas operações em execução e o redirecionamento de recursos, o BID definiu quatro áreas como prioritárias para novas operações a fim de ajudar os países durante a pandemia assim como no período de recuperação da economia e da produtividade.
As áreas compreendem a resposta imediata à saúde pública, oferecendo aos países apoio de preparação e resposta sanitária; medidas para proteger a renda das populações mais afetadas por meio de programas de transferência ou subsídios; apoio a PMEs, que representam 70% dos empregos na região, com programas de financiamento; e apoio aos países na elaboração e implementação de medidas fiscais para financiar a resposta à crise.
Sobre o BID
O Banco Interamericano de Desenvolvimento tem como missão melhorar vidas. Fundado em 1959, o BID é uma das principais fontes de financiamento de longo prazo para o desenvolvimento econômico, social e institucional da América Latina e do Caribe. O BID também realiza projetos de pesquisa de vanguarda e oferece assessoria em políticas, assistência técnica e capacitação aos clientes públicos e privados em toda a região.