A única certeza em matéria de desastres naturais é que eles se repetirão. Decorridos apenas três meses da devastação provocada pelo furacão Mitch na América Central, um violento terremoto sacudiu a Colômbia, ocasionando mais de 1.000 mortes e graves perdas materiais nas comunidades da região central cafeeira do país.
As cenas já são familiares – fisionomias transtornadas e angustiadas, os inevitáveis problemas logísticos da prestação de socorro às vítimas, a efusão do apoio internacional.
Mas desta feita aconteceu algo de novo. Embora o BID sempre saia em campo para ajudar os países membros nas situações de emergência, depois do Mitch o Banco decidiu que essa ajuda devia chegar aos interessados com maior rapidez. Dessa forma, em novembro último o Banco adotou uma nova política para a liberação de empréstimos de emergência destinados a atenuar os efeitos dos desastres naturais sem passar pelo demorado processo de análise e aprovação. Como resultado, em 19 de fevereiro, menos de quatro semanas depois do terremoto, o Presidente Andrés Pastrana assinou um empréstimo de US$20 milhões do BID para ajudar as comunidades afetadas a se livrar dos escombros, estabilizar as estruturas abaladas, construir moradias temporárias e reparar a infra-estrutura danificada.
Além disso, o Banco colocará à disposição US$100-150 milhões para as necessidades de reconstrução mediante o redirecionamento de recursos já aprovados para a Colômbia, mas que ainda não foram desembolsados em sua totalidade.
São somas modestas diante da magnitude da tragédia. Mas ajudarão a acelerar o processo de reconstrução de casas e vidas.