O Banco Interamericano de Desenvolvimento aprovou um empréstimo de US$ 481 milhões para ajudar o estado de São Paulo, no Brasil, a expandir e modernizar sua Linha 5 (Linha Lilás) do metrô. As melhorias beneficiarão um grande número de moradores de baixa renda das áreas sul e oeste da cidade.
Em 2013, quando a linha estiver plenamente operacional, o número de passageiros da Linha Lilás aumentará mais de cinco vezes, passando de 120.000 para 644.000.
O empréstimo do BID financiará a modernização de oito trens de seis vagões já existentes para que eles alcancem os mesmos padrões operacionais dos novos trens. Financiará também a elaboração, implantação e supervisão de vários sistemas para operação dos trens, incluindo telecomunicações e eletricidade. O estado de São Paulo financiará a construção e supervisão das obras de túneis e trilhos (12 km de túneis e 11 novas estações), a compra de 26 novos trens de seis vagões e o sistema de sinalização (CBTC- controle de trens baseado em comunicações).
A extensão da Linha Lilás ligará a estação terminal atual Largo Treze à Chácara Klabin na Linha 2 (Linha Verde). Isso reduzirá em cerca de 54 minutos o tempo de deslocamento até o centro para usuários de baixa renda da zona sul da cidade. Também facilitará o acesso a oito grandes hospitais, tornando os serviços públicos básicos mais acessíveis a um grupo mais amplo da sociedade.
Além disso, a extensão deve fazer com que muitos passageiros troquem o uso de ônibus e carros particulares pelo metrô. Como resultado, a previsão é de que o número de ônibus que atendem o corredor seja reduzido de 955 para menos de 600. A extensão da Linha 5 trará benefícios ambientais significativos ao reduzir o consumo de combustível (50 milhões de litros de diesel e 70 milhões de litros de gasolina por ano) e as emissões de poluentes do ar (17.000 toneladas por ano) e dióxido de carbono (257.000 toneladas por ano).
A incorporação de sistemas digitais de sinalização e controle de tráfego ajudará a reduzir o tempo de espera entre os trens de cinco para dois minutos, possibilitando o transporte de mais usuários com maior conforto. As plataformas das estações terão portas de segurança de vidro que abrirão apenas para embarque e desembarque e as estações e trens serão equipados para atender às necessidades de passageiros deficientes. Todos os trens contarão com sistema de emergência contra incêndios, ar-condicionado e passagem livre entre os vagões.
Em 2008, o BID financiou dois projetos de transporte urbano em São Paulo. Um empréstimo de US$ 129 milhões destinou-se a melhorias na Linha 4 do metrô. O segundo empréstimo, de US$ 168 milhões, ajudou a comprar novos trens e sistemas de controle e financiou estudos técnicos para expandir o transporte público na zona sul da cidade, onde vive a maior parte da população de baixa renda.
O novo empréstimo do Banco tem prazo de 25 anos, com período de carência de 4 anos e meio e taxa de juros baseada na Libor.