O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, Sua Alteza Real a Princesa Máxima da Holanda e o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Luis Alberto Moreno, abrirão o XI Fórum da Microempresa, que acontecerá de 8 a 10 de outubro em Assunção, no Paraguai.
O fórum é o principal evento sobre microempresas na América Latina e no Caribe, onde há cerca de 65 milhões desses pequenos negócios. As microempresas, que tipicamente empregam não mais do que 10 pessoas, geram quase metade dos empregos da região.
Mais de 1.000 delegados das Américas e da Europa comparecerão ao fórum no Centro de Convenções Conmebol, em Assunção. O evento atrai participantes de instituições de microfinanças, cooperativas de crédito, bancos comerciais, fundos de investimentos sociais, fundações, firmas de consultoria, órgãos governamentais e organizações internacionais.
O fórum deste ano, organizado pelo Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin) do BID e pelo governo paraguaio, terá como foco dois temas centrais: como ajudar mais microempresários a se integrarem à economia formal e como instituições de microfinanças podem praticar “finanças responsáveis”, particularmente em termos de transparência nas operações de crédito.
“À medida que o setor de microfinanças se integrar ao sistema financeiro formal, passará a enfrentar novos desafios, como a maior exposição a choques”, disse Moreno. “Este fórum nos dará uma ótima oportunidade para discutir como a crise financeira global pode afetar as microfinanças na América Latina e como esse setor pode proteger os seus próprios clientes de práticas de crédito abusivas.”
A Princesa Máxima, que comparecerá ao fórum como membro do Grupo Assessor das Nações Unidas para Setores Financeiros Inclusivos, falará sobre os avanços mais recentes na área da inclusão financeira.
Durante o fórum, o BID e a Corporação Andina de Fomento (CAF) apresentarão uma nova edição do Microscópio, um relatório sobre o ambiente de negócios para as microfinanças na América Latina e no Caribe que inclui 20 países da região. O relatório foi encomendado pelo BID e pela CAF à Economist Intelligence Unit.
O BID, a principal fonte de financiamento multilateral para o desenvolvimento na América Latina e no Caribe, investiu mais de US$ 1 bilhão desde 1978 na promoção de projetos relacionados a microempresas. Por intermédio do Fumin, o Banco apoiou a expansão de algumas das maiores redes de microfinanças da região e estimulou inovações importantes nesse setor, que, no ano passado, forneceu cerca de US$9,2 bilhões em microcrédito para quase 8,1 milhões de clientes.