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Presidente do BID insta BMDs a colaborarem no uso de instrumentos financeiros mais eficientes e inovadores para escalar o financiamento climático

PARIS – Na Cúpula para o Novo Pacto de Financiamento Global, o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, pediu que as instituições multilaterais de desenvolvimento, governos, o setor privado e outras partes interessadas intensiSífiquem a colaboração para ampliar o impacto da inovação e o desenvolvimento, em uma abordagem renovada para lidar com os desafios globais.

O presidente Goldfajn instou os líderes a padronizarem, replicarem e expandirem novos instrumentos de financiamento promissores em todos os países e regiões para, entre outros objetivos, ajudar a redistribuir o risco e mobilizar recursos cruciais do setor privado.

“Em vista do tamanho do desafio que a mudança climática e outras necessidades globais representam, devemos padronizar e replicar ferramentas rapidamente em todas as instituições e regiões”, disse Goldfajn em um debate com chefes de Estado e líderes internacionais.

“Para isso, a colaboração entre bancos multilaterais de desenvolvimento e outros atores será essencial. Precisamos superar o status quo e desenvolver rapidamente instrumentos como conversão de dívida-por-natureza, títulos vinculados à sustentabilidade, cláusulas de desastres e outras ferramentas”, acrescentou.

Além disso, o presidente Goldfajn destacou a exitosa conversão de dívida-por-natureza do Equador – a maior do mundo – e de Barbados. Os países da América Latina e do Caribe estão demonstrando que instrumentos inovadores, apoiados pelos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento (BMDs) e outros atores, podem criar um novo espaço financeiro para proteger o meio ambiente, afirmou, acrescentando que os países também estão interessados em utilizar conversões de dívida para saúde, educação e outras áreas.

Goldfajn também destacou a ênfase dada pela cúpula às cláusulas de dívida resilientes ao clima. O BID abriu o caminho com emissões em Bahamas, Barbados e Honduras, e o interesse está aumentando em outros países e BMDs.

Em 2021, o BID criou um produto que permite que os governos adiem os pagamentos de capital quando ocorrem catástrofes. Bahamas e Barbados já ativaram essa função em seus empréstimos elegíveis.

O presidente Goldfajn disse também que a emissão recente pela Jamaica de um título vinculado a catástrofe, com ajuda do Banco Mundial e outros atores, mostra como os países podem abordar de forma criativa os desastres naturais. Ele acrescentou que todas as partes interessadas devem colaborar de forma mais estreita, inclusive com outros doadores, para redistribuir o risco e expandir o uso de instrumentos inovadores como esse.

Outro tipo de instrumento é o título vinculado à sustentabilidade. O Uruguai emitiu seu primeiro título desse tipo, que reduz as taxas de juros e economiza dinheiro para o país se forem cumpridos os indicadores-chave de desempenho ambiental, incluindo os objetivos de emissões de gases e conservação florestal.

Para gerar a escala necessária para enfrentar os desafios atuais, esses instrumentos devem ser simplificados e padronizados a fim de que possam ser replicados e adotados amplamente em todos os países. Por isso, ele sublinhou, a colaboração entre todas as partes interessadas é essencial.

O BID abriu o caminho com várias colaborações:

  • O BID e o FMI se comprometeram a fortalecer a colaboração para enfrentar a mudança climática e impulsionar o financiamento verde na América Latina e Caribe, anunciaram o presidente Goldfajn e a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva.
  • Os presidentes do BID e do Banco Mundial viajaram juntos à América Latina e Caribe, em uma visita histórica para fortalecer a colaboração entre as duas instituições.
  • O BID é o principal parceiro financeiro da Cúpula de Finanças em Comum, que será realizada em Cartagena, na Colômbia, de 4 a 6 de setembro. O evento será coorganizado pela AFD, Bancoldex, ALIDE (Associação Latino-Americana de Instituições Financeiras para o Desenvolvimento) e BEI, entre outros parceiros. É a primeira vez que o evento acontecerá na América Latina, com a participação esperada de mais de 500 instituições. O debate será focado na busca pela construção de novas alianças para o financiamento sustentável em áreas como mudança climática e infraestrutura.
  • O BID se uniu a uma coalizão de bancos multilaterais de desenvolvimento e outras organizações, liderada pelo governo de Barbados, para desenvolver infraestrutura resiliente e incentivar novos investimentos de capital social e na natureza, com base no Mecanismo de Resiliência e Sustentabilidade do FMI.
  • O BID está considerando unir-se a uma nova plataforma de investimentos liderada pela Organização Mundial da Saúde para fortalecer serviços de atenção primária à saúde em países de baixa e média renda.

Encontros com líderes mundiais

Durante a cúpula de Paris, o presidente Goldfajn se reuniu com líderes mundiais, incluindo os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e Gustavo Petro, da Colômbia. As conversas envolveram desde a necessidade de adotar um enfoque regional coordenado para proteger a Amazônia, até como o BID pode continuar apoiando os países por meio de instrumentos financeiros e projetos inovadores.

O presidente Goldfajn também se reuniu com Andrew Mitchell, ministro de Estado do Ministério das Relações Exteriores, Commonwealth e Desenvolvimento do Reino Unido.

Durante a cúpula, o presidente Goldfajn participou de várias sessões de alto nível com líderes de BMDs e outras autoridades, incluindo painéis oficiais com os presidentes Nana Addo Akufo-Ado (Gana) e William Ruto (Quênia), os primeiros- ministros Mia Motley (Barbados) e Muhammad Shehbaz Sharif (Paquistão), o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e Laurence Tubiana, presidente da Fundação Europeia do Clima. Nesta sessão, o presidente Goldfajn fez um chamado aos BMDs para que aumentem a escala dos instrumentos financeiros inovadores com um olhar pragmático.

Goldfajn também participou de uma mesa redonda com líderes como a diretora-geral do FMI Kristalina Georgieva, o presidente do Banco Mundial Ajay Banga e a Secretária do Tesouro dos EUA Janet Yellen, que destacaram a liderança do BID e do BID Invest em instrumentos inovadores para mobilizar capital, bem como os vínculos fortalecidos do BID com o Banco Mundial e o FMI.

Sobre o BID

O Banco Interamericano de Desenvolvimento tem como missão melhorar vidas. Criado em 1959, o BID é uma das principais fontes de financiamento de longo prazo para o desenvolvimento econômico, social e institucional da América Latina e o Caribe. O BID também realiza projetos de pesquisas de vanguarda e oferece assessoria sobre políticas, assistência técnica e capacitação a clientes públicos e privados em toda a região. Acesse nosso tour virtual.

Contato de Imprensa

Bachelet,Pablo A.

Bachelet,Pablo A.
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