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Empresas de Ativos Naturais (NAC na sigla em inglês) vão listar e negociar na Bolsa de Nova Iorque, criando um novo mercado cujos ativos geram trilhões de dólares anualmente em serviços ecossistêmicos
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Investidores fundadores do IEG incluem o Banco Interamericano de Desenvolvimento e a Fundação Rockefeller
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Governo da Costa Rica trabalha com o IEG para desenvolver a primeira Empresa de Ativos Naturais
NOVA IORQUE, NY – A Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE), parte da Intercontinental Exchange, Inc. (NYSE: ICE), fornecedora líder global de dados, tecnologia e infraestrutura de mercado, e Intrinsic Exchange Group (IEG) anunciaram hoje que estão desenvolvendo em conjunto uma nova classe de ativos negociados publicamente, denominada Empresas de Ativos Naturais (Natural Asset Companies, ou NACs). As NACs são empresas sustentáveis que detêm os direitos aos serviços ecossistêmicos produzidos por terras naturais, de trabalho ou híbridas.
A nível mundial, os ativos naturais produzem cerca de US$ 125 trilhões anualmente em serviços ecossistêmicos, como sequestro de carbono, biodiversidade e água limpa. O alto desempenho desses serviços ressalta o potencial financeiro de uma classe de ativos que depende inteiramente de investimentos ambientais.
“Esta nova classe de ativos na NYSE criará um ciclo virtuoso de investimento na natureza que ajudará a financiar o desenvolvimento sustentável para comunidades, empresas e países”, disse Douglas Eger, CEO do IEG. “Juntos, IEG e NYSE vão permitir aos investidores acessar o estoque de riqueza da natureza e transformar nossa economia industrial em uma que seja mais equitativa.”
Como o valor criado pelas NACs não é totalmente capturado pelas métricas econômicas tradicionais, o IEG desenvolveu uma estrutura contábil para medir o desempenho ecológico para complementar as demonstrações financeiras GAAP. Desenvolvido em consulta com o ex-presidente do FASB, Robert Herz e empresas de contabilidade líderes, o marco do IEG permite que os investidores valorizem os serviços do ecossistema gerados pelas NACs.
Além disso, a NYSE vai desenvolver e buscar a aprovação da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) para requisitos exclusivos de listagem feitos sob medida para as NACs que incorporam a metodologia de contabilidade do IEG. Ainda, o IEG e a NYSE começariam a trabalhar com os primeiros NACs para ajudá-los a se preparar para listar e negociar como entidades de capital aberto na Bolsa de Valores de Nova York.
“Com a introdução das Empresas de Ativos Naturais, a NYSE fornecerá aos investidores um mecanismo inovador para apoiar financeiramente as iniciativas de sustentabilidade críticas para o nosso futuro. Nossa parceria com o Intrinsic Exchange Group é outro exemplo do envolvimento da NYSE em nossa comunidade para impulsionar um progresso significativo nas questões ESG com uma abordagem baseada em soluções”, disse Stacey Cunningham, presidente do NYSE Group.
O IEG está atualmente assessorando várias nações soberanas, proprietários de terras privadas e empresas públicas sobre a potencial criação de NACs. O IEG e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) estão trabalhando com o Governo da Costa Rica para estabelecer as bases para NACs que preservem e aumentem os ativos naturais em todo o país. No setor privado, o IEG antecipa o anúncio de sua primeira parceria ainda neste ano, em colaboração com uma empresa multinacional.
O IEG recebeu financiamento inicial do BID Lab e do BID, da Fundação Rockefeller, Aberdare Ventures e Entertaining Ideas. O BID foi uma das primeiras instituições a apoiar a visão do IEG e o ajudou a identificar e desenvolver projetos em países da América do Sul. A extensa rede de relacionamentos do BID e o longo compromisso com os esforços regionais e globais de sustentabilidade o posicionam como um parceiro chave para o IEG.
A NYSE adquiriu uma participação minoritária no IEG e licenciará sua estrutura contábil para apoiar o desenvolvimento da nova classe de ativos. A transação não será relevante para os ganhos do ICE nem afetará os planos de alocação de capital.
Declarações dos principais parceiros-
Robert Herz, ex-presidente do FASB:
“Além das demonstrações financeiras GAAP, acreditamos que é absolutamente crítico fornecer aos investidores em empresas de ativos naturais informações relevantes, confiáveis e compreensíveis sobre os fluxos dos serviços ecossistêmicos que eles produzem e seus estoques de ativos de capital natural.”
Mauricio Claver-Carone, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento:
“Este anúncio da NYSE e do IEG ocorre em um momento crítico, em que as economias de muitos países da América Latina e do Caribe sofrem com a pandemia. O Grupo BID se orgulha em de ter sido o primeiro a apoiar o IEG como investidor e um parceiro de longa data que trabalha com os países para desenvolver projetos para o intercâmbio de valores. Desbloquear o tremendo valor intrínseco da natureza permitirá que os países utilizem seu capital natural para fins de conservação e desenvolvimento humano.”
Dr. Rajiv J. Shah, presidente da Fundação Rockefeller:
“A mudança climática é uma ameaça existencial, que exige que todos nós consideremos urgentemente todas as oportunidades de mobilizar recursos para proteger ecossistemas e comunidades vulneráveis e lutar pelo futuro de bilhões de pessoas em todo o mundo. É por isso que estamos orgulhosos de ter sido um dos primeiros apoiadores da abordagem do IEG para identificar maneiras novas e sustentáveis para os países protegerem suas terras e vias fluviais enquanto criam um mercado para preservar os ativos naturais.”
Andrea Meza Murillo, Ministra do Meio Ambiente e Energia da Costa Rica:
“Na Costa Rica, o IEG está nos apoiando na construção de um projeto piloto para o estabelecer uma Empresa de Ativos Naturais. Isso aprofundará a análise econômica para dar valor econômico à natureza, bem como continuará a mobilizar fluxos financeiros para a conservação. Tudo isso, em um momento chave em que temos que atender às necessidades sociais e econômicas de nosso povo e atender o que a ciência nos diz sobre a meta 30x30, de proteger pelo menos 30% da terra e dos oceanos até 2030”.
Sobre o BID Lab
O BID Lab é o laboratório de inovação do Grupo do Banco Interamericano de Desenvolvimento, a principal fonte de desenvolvimento, financiamento e know-how para melhorar a vida na América Latina e no Caribe. O objetivo do BID Lab é impulsionar a inovação para a inclusão na região, mobilizando financiamento, conhecimento e conexões para co-criar soluções capazes de transformar a vida de populações vulneráveis afetadas por fatores econômicos, sociais ou ambientais. Desde 1993, o Laboratório do BID aprovou mais de US$ 2 bilhões em projetos implantados em 26 países da ALC. www.idblab.org
Sobre o BID
O Banco Interamericano de Desenvolvimento se dedica a melhorar vidas. Estabelecido em 1959, o BID é uma das principais fontes de financiamento de longo prazo para o desenvolvimento econômico, social e institucional na América Latina e no Caribe. O BID também realiza pesquisas de ponta e fornece assessoria política, assistência técnica e treinamento a clientes dos setores público e privado em toda a região.