Com mais de 500 participantes inscritos de mais de 40 países - a maioria da região da América Latina e Caribe (ALC) – o VII Fórum Latino Americano e Caribenho sobre Carbono terminou com sucesso na última sexta-feira no Rio de Janeiro. Gerentes de projetos, representantes de instituições financeiras, agências governamentais e membros do setor privado se reuniram para trocar experiências e discutir os caminhos alternativos para chegar a um futuro de baixo carbono.
O evento, de três dias, contou com paineis de discussão sobre o status dos mercados de carbono, os mecanismos de mercado já existentes, como o MDL, o REDD+, os NAMAs, a importância da implementação do Fundo Verde para o Clima (GFC) e o papel fundamental de intermediários, tais como instituições financeiras públicas e privadas, no sentido de catalisar financiamento climático internacional para iniciativas de mitigação e adaptação.
Mesmo ocorrendo durante um momento desafiador para a comunidade climática e os mercados de carbono, O Fórum reafirmou os efeitos positivos e as experiências de mais de uma década do MDL e sinalizou um forte compromisso para embarcar em baixo carbono, clima economias resiliente. "O Fórum traz ao Brasil um novo patamar de discussões sobre a economia verde, mostrando que apesar do estado dos preços globais de carbono, novos mercados e novas soluções estão sendo criadas", avaliou Walter di Simoni, superintendente da Sub-secretaria de Economia Verde do Estado do Rio de Janeiro.
Christiana Figueres, secretária executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC), resumiu os desafios e os caminhos para a solução potencial que foram apresentados durante o Fórum. "Temos que dar às gerações futuras um mundo onde o crescimento de baixo carbono seja algo normal e os mercados são uma parte do caminho nesse sentido", afirmou Figueres. "Este Fórum é um local importante para identificar oportunidades e estabelecer um diálogo orientado para as soluções voltadas à criação de respostas às questões climáticas que sejam conectadas, lucrativas e baseadas nos mercados", declarou a sub-secretária-executiva.
Durante o Fórum, houve um forte apelo para um melhor alinhamento das políticas públicas e investimentos necessaries para sanar a lacuna financeira hoje existente e também um consenso de que o financiamento do sector privado é fundamental para mobilizar recursos para a adoção de iniciativas de adaptação e de mitigação das alterações climáticas nos países em desenvolvimento.
Juan Antonio Ketterer, Chefe de Divisão de Mercados de Capitais e Instituições Financeiras do Banco Interamericano de Desenvolvimento, disse que "o BID está firmemente empenhado em promover os programas sustentáveis e investimentos para uma economia de baixo carbono e de adaptação e mitigação das mudanças climáticas, por meio de seu compromisso em contribuir com 25% de sua carteira de crédito a esses programas.
Entre as estratégias do BID estão os incentivos para que as instituições financeiras públicas e privadas e governos se envolvam em iniciativas de baixo carbono, ao financiamento de tecnologia, construção de capacidade e apoio a novos instrumentos, como os NAMAs. O Fórum foi uma oportunidade valiosa para se juntar a a comunidade envolvida em temas de baixo carbon para esses objetivos", concluiu.
Depois de sete anos de existência, o Fórum continua a ser uma sólida plataforma para o intercâmbio de conhecimentos, experiências e tendências tecnológicas que estimulam o desenvolvimento de baixas emissões na região.