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Empresa pequena demanda financiamento

Em 1998, a Corporação Interamericana de Investimento (CII) canalizou US$223 milhões para empresas da América Latina e do Caribe, superando em 24% a sua meta para o ano.

A CII, membro do Grupo do BID que investe em capital acionário e faz empréstimos a pequenas e médias empresas, dobrou efetivamente o volume em dólar de suas aprovações de financiamento em relação aos níveis de 1997. Ela aprovou 28 novos projetos em 14 países e quatro iniciativas de investimento regional: US$35 milhões para investimentos em capital acionário e US$188 milhões em empréstimos de longo prazo.

"O nosso crescimento reflete a demanda persistente por financiamento entre as pequenas e médias empresas da região", disse Jorge Roldán, economista chefe da CII. "Também mostra que empresas inovadoras e de crescimento rápido estão prosperando na região, mesmo em meio às difíceis condições macroeconômicas do ano que passou."

Em 1998, a CII continuou a expandir a sua participação em fundos de investimento de capital privado especializados em setores particulares, como empresas de energia ou que trabalham com o meio ambiente. No final do ano, a Corporação tinha participações no total de US$95 milhões em 21 fundos diferentes. Reunidos, esses fundos estão canalizando US$1,1 bilhão para algumas das empresas mais promissoras da região.

Metade dos projetos aprovados pela CII em 1998 se localiza nas pequenas economias da região, nas quais pode ser difícil o acesso ao financiamento empresarial. Os novos projetos cobrem uma grande variedade de setores, como demonstram os seguintes exemplos:

-- Uma empresa argentina que processa e elimina com segurança resíduos médicos e industriais. O investimento da CII permitirá que a empresa construa um novo incinerador e adquira as tecnologias necessárias para poder atender à crescente demanda por esses serviços.

-- Uma firma financeira equatoriana que trabalhará com bancos e investidores para emitir títulos lastreados em hipotecas locais. Este serviço, o primeiro no Equador, ajudará na criação de um mercado secundário de hipotecas e contribuirá para o desenvolvimento dos mercados de capitais, essenciais para estimular o investimento de empresas do setor habitacional e da construção civil.

-- Uma companhia de energia de Honduras que construirá uma usina termelétrica de 60 megawatts, projetada para vender eletricidade à empresa pública nacional. A companhia será uma das primeiras a operar sob a nova legislação que permite a participação privada no setor da energia e contribuirá para aliviar a escassez de energia que pressiona o país desde o furacão Mitch.

-- Uma firma financeira nicaragüense que oferecerá serviços de leasing até o valor de US$40 mil a pequenas empresas que necessitam de novos equipamentos ou de bens de capital para a sua expansão.

Conquanto nenhum dos projetos de investimento da CII pareça ter sido gravemente afetado pelo furacão Mitch, a Corporação está coordenando atividades com os departamentos regionais do BID, os bancos comerciais locais e outros grupos com o objetivo de apoiar os esforços de reconstrução dos países afetados. A estratégia da CII enfatizará os projetos de financiamento que criem empregos, reconstruam infra-estrutura e proporcionem capital para os setores produtivos mais pesadamente danificados, como as atividades agroindustriais.

Em 1998, a CII também aceitou formalmente o Suriname e Belize como membros, o que significa que todos os países membros mutuários do BID são hoje membros da CII. No ano passado, todos os países membros não-mutuários do BID, com a exceção de dois, também manifestaram interesse em se associar à CII.

Diante do crescimento da demanda dos serviços da CII, seus países membros aprovaram recentemente uma proposta de aumento significativo dos recursos de capital da Corporação.

 

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