OPORTUNIDADES PARA UM DESENVOLVIMENTO INOVADOR

A América Latina e o Caribe são particularmente vulneráveis aos impactos da mudança do clima. Aumentos no nível do mar, aumentos de temperatura e mudanças nos padrões de chuvas irão resultar em um custo anual, até o ano 2050, estimado de cerca de 2-4% do PIB da região. A mudança do clima está mudando a maneira em que conduzimos negócios, o que significa uma mudança de prioridades políticas ou alocamento de recursos para ações antes subfinanciadas. Mas a mudança nos negócios também é uma oportunidade de fazer as coisas de forma diferente, e uma oportunidade para inovar. Clique nos links abaixo para descobrir mais sobre cada uma de nossas quatro áreas prioritárias.

FINANCIAMENTO CLIMÁTICO

Desenvolvemos ferramentas econômicas e esquemas de financiamento, que servem para reunir recursos internacionais e estimar impactos de investimentos. Trabalhamos junto com instituições financeiras públicas e privadas, além de ministérios de fazenda e planejamento, para implementar sistemas de governança climática, desenvolver esquemas inovadores, e instrumentos para promover investimentos em projetos e programas de redução de emissões, além de aumentar a resiliência aos impactos da mudança climática.

Instituições financeiras públicas e privadas, como bancos nacionais de desenvolvimento e bancos comerciais, desempenham um papel fundamental na canalização de financiamento para investimento em atividades que reduzem as emissões de gases de efeito estufa. O BID está trabalhando com instituições financeiras comerciais e bancos nacionais de desenvolvimento para ajudar a região a reduzir seu impacto ambiental e desenvolver produtos e serviços financeiros “verdes”.

Os fundos também fortalecem a capacidade do BID de ajudar a América Latina e o Caribe a mitigarem e se adaptarem a mudanças climáticas, alavancando recursos. Operações com fundos parceiros dão ao BID uma ferramenta adicional para alavancar recursos de outras fontes, incluindo instituições financeiras e governos nacionais e fontes de financiamento internacionais. Estes são os fundos com os quais trabalhamos atualmente:

POLÍTICAS E REGULAMENTAÇÕES RESILIENTES E DE BAIXO CARBONO

A contribuição mundial da América Latina e Caribe de emissões de gases de efeito estufa (GHG) é relativamente pequena — 12%. Contudo, de acordo com as atuais tendências de desenvolvimento regionais, espera-se que as emissões aumentem. Per capita, os cidadãos da região contribuem mais em emissões de GHG que os de qualquer outro país em desenvolvimento, incluindo China e Índia. Com crescentes demandas por energia, industrialização e desenvolvimento urbano, os países da região devem se preparar para introduzir alternativas de energia limpa para reduzir suas emissões de GHG. A região também tem vastas áreas florestais que todos os anos são transformadas para uso agrícola (entre outros usos), fazendo com que a mudança no uso de terras e a redução das emissões resultantes do desmatamento sejam uma das maiores prioridades da região. É por isso que definir uma base sólida de políticas e regulamentações eficazes que não apenas reduzam as emissões, mas também incentivem novos modelos de negócios ambientalmente amigáveis, é fundamental para o desenvolvimento sustentável da região.

PERCEPÇÕES E FORMAÇÃO DE CAPACIDADE INSTITUCIONAL

Para ser eficaz, a agenda de desenvolvimento da região deve incluir outras variáveis de mudança climática em estratégias nacionais pontuais, envolvendo projetos de infraestrutura, serviços básicos, reformas fiscais, programas sociais e planos econômicos. Nós ajudamos países a desenhar e implementar planos de gestão de risco de desastres focados em identificação, prevenção e mitigação de riscos, gestão financeira e de risco e fortalecimento institucional para preparação.

Ministérios de Fazenda e Planejamento são atores importantes no trabalho da promoção de um caminho de desenvolvimento resiliente e de baixo carbono. Esses ministérios são responsáveis por estabelecer planos de desenvolvimento, desenhar o orçamento, além de definir como os investimentos públicos são realizados. O sucesso de novas escolhas de políticas e suas implementações dependem muito de alocações orçamentárias. Introduzir as mudanças climáticas nesses processos se torna crucial para fazer a região avançar em um caminho mais resiliente e menos intensivo em carbono. O BID está trabalhando com Ministérios da região para fornecer apoio na construção de capacidade institucional nesses ministérios.

O BID oferece construção de capacidade institucional com o objetivo de facilitar o acesso a informação sobre caminhos de financiamento para projectos com baixas emissões. Facilitamos a troca de conhecimento e fornecemos assistência técnica com a visão de construir a capacidade necessária para o uso eficaz de mecanismos internacionais atuais e futuros para ações climáticas.

 

ACESSO AO CONHECIMENTO

No BID, estamos comprometidos em fornecer as ferramentas para que cidadãos e governos tomem decisões informadas e eficazes. Somos parte de uma comunidade próspera e ativa de especialistas em mudança climática e sustentabilidade, entusiastas pela energia renovável e ativistas conscientes. Como resultado, estamos constantemente pesquisando, palestrando, atualizando bases de dados, lançando novas publicações, oferecendo cursos e até escrevendo colunas em blogs.

A divisão de Mudança Climática e Sustentabilidade (CCS) é composta por mais de 50 especialistas que trabalham para aumentar a conscientização não apenas sobre a questão das mudanças climáticas, como também, e talvez até mais importante, as possibilidades de adaptação e mitigação na América Latina e no Caribe. Incentivamos sinergias entre setores e negócios.

Clique aqui para acessar as publicações do Grupo BID sobre mudança climática e sustentabilidade. 

 

O CAMINHO A SEGUIR

A inovação se apresenta de diferentes jeitos — de novos processos a materiais, de capacidade institucional a fontes de financiamento — ainda assim, independentemente do que inovamos, a ação em si é feita com o objetivo de atingir um mesmo resultado: mudar. Seja o resultado incentivar mais pessoas a fazer ações comunitárias ou aumentar a segurança energética de um país, diversificando a matriz energética com fontes de energia renovável, a inovação serve como uma força positiva para a mudança. A inovação cria ideias, estimula a troca de conhecimento entre equipes, permitindo um círculo virtuoso de criação e aprendizado que nos conduz a um amanhã mais inteligente. Essa é a filosofia subjacente que adotamos, e o trabalho no clima não é exceção.

REPORTE DE RESULTADOS

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) está ajudando países-membros que tomam dinheiro emprestado a se adaptar aos impactos de mudanças climáticas e reduzir as emissões de GHG através de operações de empréstimos, cooperação técnica e geração de conhecimento. No mínimo 25% dos empréstimos totais do Banco apoiam operações em mudança climática, sustentabilidade ambiental e energia sustentável. O BID está trabalhando para apoiar países em sua inclusão de considerações sobre mudanças climáticas em todos os aspectos do planejamento – de obras de infraestrutura e esquemas de financiamento a políticas – no esforço de estimular um modelo de desenvolvimento sustentável e inclusivo que melhore a vida das pessoas.